Valor da passagens aéreas cai após
cobrança por bagagem
Tarifa média teve queda
entre 7% e 30%, entre companhias aéreas que já implementaram a nova
regra
21/09/2017 -
12h59
(Da
assessoria da ABEAR)
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Há uma real tendência de queda nos preços das passagens aéreas desde que
a desregulamentação da franquia da bagagem entrou em vigor, em meados de
junho. Levantamento da ABEAR (Associação Brasileira das Empresas
Aéreas), com dados preliminares colhidos entre junho e o início de
setembro, mostra que a tarifa média teve queda entre 7% e 30%, entre
companhias aéreas que já implementaram a nova regra.
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Divulgação - Infraero |
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Esteira de bagagem no novo terminal de passageiros do aeroporto de
Goiânia (GO).
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A parcela dos passageiros que viajam sem
bagagem varia de 60% (Azul), 63% (LATAM Airlines Brasil) a 65% (GOL).
Eles optam por classes tarifárias até 30% mais baratas do que as que dão
direito a um volume de até 23 kg. No caso da GOL, houve aumento de 50%
no volume de viajantes que não despacham bagagem, em relação ao mesmo
período do ano passado, o que corresponde a 1 milhão de bilhetes já
vendidos com a nova tarifa. A LATAM calcula que mais de 900 mil
passageiros já voaram com tarifas mais baixas. A Avianca Brasil, por sua
vez, ainda não implementou as novas regras de bagagem.
"Na medida em que de fato os preços caem, abrimos espaço para ampliar a
concorrência e a disputa, além de incluir mais passageiros e permitir,
inclusive, a retomada de voos cujos custos ficaram inviáveis pela queda
de passageiros que tivemos no ano passado", afirmou o presidente da
ABEAR, Eduardo Sanovicz.
"Quando houve a desregulamentação dos preços das passagens aéreas, em
2002, tínhamos 30 milhões de passageiros. Saltamos para 100 milhões em
2015. Nesse período, a tarifa caiu cerca de 50%, mas no ano passado 8
milhões de brasileiros deixaram de viajar de avião por conta da crise",
acrescentou o executivo.
Sanovicz lembra, ainda, que o Projeto de Resolução do Senado (PRS
55/2015), que limita o teto de ICMS sobre o querosene de aviação (QAV)
em 12%, que vai gerar novos voos e desenvolvimento econômico em todo o
país, segue em tramitação no Senado.
O Relatório de Tarifas Aéreas da ANAC (Agência Nacional de Aviação
Civil), divulgado na terça-feira, dia 19 de setembro,, mostra tarifa
aérea média doméstica real (corrigida pela inflação) de R$ 323,62, a
mais baixa da série histórica do órgão regulador, iniciada em 2002.
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