Aéreas brasileiras somam prejuízo de R$
2 bilhões em 2018
Dado faz parte das demonstrações
contábeis das empresas aéreas
26/12/2018 -
20h49
(Da
assessoria da ANAC)
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De acordo com as demonstrações contábeis, divulgadas pela ANAC (Agência
Nacional de Aviação Civil), as quatro maiores empresas brasileiras de
transporte aéreo público de passageiros do país, em participação de
mercado (GOL, LATAM Brasil, Azul e Avianca Brasil), acumularam prejuízo
de R$ 2 bilhões de reais nos três primeiros trimestres de 2018.
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Rodrigo Zanette - 02/11/2016 |
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O
resultado isolado do 3º trimestre do ano mostra que as aéreas também
pioraram o seu desempenho em relação ao mesmo período do ano anterior.
Nessa comparação, o setor registrou prejuízo de R$ 556 milhões em 2018
contra lucro de R$ 787 milhões em 2017.
No 3º trimestre deste ano, a Azul e a LATAM foram as únicas empresas que
tiveram lucro líquido positivo. O da Azul foi de R$ 35 milhões, e o da
LATAM ficou em R$ 1,1 milhão. GOL e Avianca Brasil apresentaram
prejuízos líquidos no trimestre de R$ 405 milhões e R$ 188 milhões,
respectivamente. Considerando a margem líquida das empresas no 3º
trimestre deste ano, a da LATAM foi de 0,03%, enquanto da Azul foi de
1,5%. GOL e Avianca tiveram margem líquida de -15,1% e -15,5%
respectivamente.
A receita operacional líquida agregada das quatro empresas, no acumulado
dos três trimestres, cresceu 15,9% em relação ao mesmo período do ano
passado, alcançando R$ 29,5 bilhões. Os custos dos serviços prestados
apresentaram aumento de 23,6%, atingindo R$ 26 bilhões. Desta forma, com
o incremento dos custos dos serviços prestados em percentual maior do
que o crescimento da receita operacional líquida, o lucro bruto das
quatro empresas, em conjunto, caiu 21%, passando de R$ 4,4 bilhões nos
três primeiros trimestres de 2017 para R$ 3,4 bilhões em 2018. O item de
maior impacto entre os custos e despesas foram os combustíveis,
representando 31,7% do total.
A receita do setor do 3º trimestre aumentou em 17,2%, de R$ 9,2 bilhões
para R$ 10,8 bilhões. Entretanto, os custos dos serviços prestados
tiveram um incremento de 32,8%, com um total de R$ 9,4 bilhões,
causando, assim, uma queda no lucro bruto de -33,9%.
No acumulado dos três trimestres do ano, o EBIT (do inglês Earnings
Before Interest and Taxes) das empresas variou negativamente de R$ 530
milhões positivos, no mesmo período do ano passado, para R$ 126 milhões
negativos. Observando-se apenas o 3º trimestre, o EBIT foi positivo em
R$ 57,4 milhões, com margem positiva de 0,5%, ante R$ 612,5 milhões
positivos e margem EBIT positiva de 6,6% no 3º trimestre e 2017.
O resultado financeiro acumulado das aéreas até o 3º trimestre passou de
R$ 1 bilhão negativo em 2017 para R$ 1,8 bilhão negativo em 2018. O 3º
trimestre isoladamente também apresentou piora no consolidado das
principais empresas, saindo de R$ 27 milhões positivos em 2017 para R$
542 milhões negativos em 2018.
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