Transporte aéreo registra lucro de R$
369,2 milhões no 1º tri
Melhoria do desempenho
operacional contribui para o resultado positivo
02/07/2018 -
18h49
(Da
assessoria da ANAC)
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As demonstrações contábeis padronizadas das quatro principais empresas
brasileiras de transporte aéreo público de passageiros (GOL, LATAM
Brasil, Azul e Avianca Brasil) do 1º trimestre de 2018 apresentaram
lucro líquido somado de R$ 369,2 milhões, correspondente a uma margem
líquida positiva de 3,7%, ante resultado positivo de R$ 92,6 milhões em
igual período de 2017, correspondente a uma margem líquida positiva de
1,1%.
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Rodrigo Zanette - 02/11/2016 |
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Procura por viagens aéreas domésticas avançou pelo 12º mês seguido.
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As empresas melhoraram o seu desempenho na
comparação com o mesmo período do ano anterior, com exceção da Avianca
Brasil, que registrou prejuízo de R$ 34,4 milhões, ante R$ 30 milhões
negativos no 1º trimestre de 2017. A Azul obteve os resultados mais
favoráveis, com lucro líquido de R$ 152,5 milhões e margem líquida
positiva de 6,9% no 1º trimestre de 2018, ante resultado positivo de R$
10,2 milhões e margem líquida positiva de 0,5% em igual período de 2017.
O resultado líquido da GOL no 1º trimestre de 2018 foi de R$ 130 milhões
positivos, com margem líquida positiva de 4,7%, e o da LATAM foi de R$
121,1 milhões positivos, com margem líquida positiva de 3,2%.
A receita operacional líquida agregada das quatro empresas apresentou
acréscimo de 16,1% em relação àquela apurada no mesmo trimestre do ano
anterior, chegando a R$ 9,9 bilhões. Já os custos dos serviços prestados
apresentaram aumento de 12,2%, atingindo R$ 8 bilhões. Dessa forma, com
o incremento da receita em percentual maior do que o crescimento dos
custos dos serviços prestados, o lucro bruto das quatro empresas
conjuntamente cresceu 36,4%, passando de R$ 1,4 bilhão no 1º trimestre
de 2017 para R$ 1,9 bilhão no 1º trimestre de 2018. Apenas a Avianca
Brasil registrou crescimento dos custos dos serviços prestados superior
ao da receita operacional líquida, 45,3% contra 33,3%, respectivamente.
Em relação às despesas operacionais (despesas indiretamente relacionadas
à prestação do serviço, administrativas, comerciais e gerais), houve
variação positiva de 4,1%, mantendo-se na ordem de R$ 1,1 bilhão em
comparação com o 1º trimestre de 2017. Apenas a LATAM Brasil apresentou
redução de suas despesas operacionais, em 4,3%.
O EBIT (do inglês Earnings Before Interest and Taxes) foi positivo em R$
668,7 milhões no 1º trimestre de 2018, correspondente a uma margem EBIT
positiva de 6,8%, ante R$ 204,1 milhões positivos e margem EBIT positiva
de 2,4% no 1º trimestre de 2017. Apenas a Avianca Brasil apresentou EBIT
negativo (- R$ 5,4 milhões), com margem EBIT negativa de 0,5% no 1º
trimestre de 2018, ante R$ 31,3 milhões positivos e margem EBIT positiva
de 3,8% em igual período de 2017. As demais apresentaram,
respectivamente, EBIT e margem EBIT positivos de R$ 234,9 milhões e
10,6% (Azul), R$ 263,5 milhões e 9,6% (GOL) e R$ 175,7 milhões e 4,6% (LATAM).
Tarifas
A tarifa aérea média doméstica real (atualizada pela inflação) fechou o
primeiro trimestre de 2018 em R$ 361,03, configurando uma alta de 7,9%
em relação ao mesmo período do ano passado (R$ 334,49). O valor apurado
entre janeiro e março de 2017, no fim de um período de 19 meses
consecutivos de retração da demanda por transporte aéreo, havia sido o
menor já registrado para um primeiro trimestre na série histórica
iniciada em 2002.
Em relação ao primeiro trimestre de 2017, entre janeiro e março de 2018,
a taxa de câmbio média subiu 3,2% e o preço médio do querosene de
aviação acumulou alta de 18,5%. A taxa de câmbio exerce forte influência
sobre os custos de combustível, arrendamento, manutenção e seguro de
aeronaves que, em conjunto, representaram 49,6%, metade dos custos e
despesas dos serviços aéreos públicos das empresas brasileiras no
primeiro trimestre de 2018. Já o preço do querosene de aviação, que
correspondeu a 31,4% dos custos e despesas dos serviços de transporte
aéreo prestados no período, oscilou entre R$ 1,84 e R$ 1,93 por litro
nas médias mensais. O indicador assumiu uma trajetória ascendente,
encerrando o primeiro trimestre de 2018 com valor de R$ 1,88 por litro,
ante um preço médio de R$ 1,58 por litro no mesmo período de 2017.
A demanda por transporte aéreo doméstico, medida em passageiros
quilômetros pagos transportados (RPK), apresentou alta de 3,4% no 1º
trimestre de 2018 em relação ao mesmo período do ano anterior.
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