Boeing e Embraer assinam acordo para
criar nova empresa
Acordo não-vinculante propõe a formação de
uma joint venture que contempla os negócios e serviços de aviação
comercial da Embraer
05/07/2018 -
12h06
(Da
assessoria da Embraer)
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A Boeing e a Embraer anunciaram hoje, dia 5 de julho, que assinaram um
Memorando de Entendimento para estabelecer uma parceria estratégica que
possa impulsionar seu crescimento no mercado aeroespacial global.
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Divulgação - Embraer
e Boeing |
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Boeing e Embraer devem estabelecer
parceria estratégica para acelerar crescimento aeroespacial global.
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O acordo não-vinculante propõe a formação
de uma joint venture que contempla os negócios e serviços de aviação
comercial da Embraer, estrategicamente alinhada com as operações de
desenvolvimento comercial, produção, marketing e serviços de suporte da
Boeing. Nos termos do acordo, a Boeing deterá 80% da propriedade da
joint venture e a Embraer, os 20% restantes.
"Ao formarmos essa parceria estratégica, estaremos muito bem preparados
para gerar valor significativo para os clientes, empregados e acionistas
de ambas as empresas - e para o Brasil e os Estados Unidos", disse
Dennis Muilenburg, presidente, chairman e CEO da Boeing. "Esta
importante parceria está claramente alinhada à estratégia de longo prazo
da Boeing de investir em crescimento orgânico e retorno de valor aos
acionistas, complementada por acordos estratégicos que aprimoram e
aceleram nossos planos de crescimento", complementou Muilenburg.
"Esse acordo com a Boeing criará a mais importante parceria estratégica
da indústria aeroespacial, fortalecendo ambas as empresas e sua posição
de liderança do mercado mundial", afirmou Paulo Cesar de Souza e Silva,
presidente e CEO da Embraer. "A combinação de negócios com a Boeing
deverá gerar um novo ciclo virtuoso para a indústria aeroespacial
brasileira, com maior potencial de vendas, aumento de produção, geração
de emprego e renda, investimentos e exportações, agregando maior valor
para clientes, acionistas e empregados", acrescentou.
A transação avalia 100 por cento das operações e serviços de aviação
comercial da Embraer em 4,75 bilhões de dólares e contempla o pagamento
por parte da Boeing do valor de 3,8 bilhões de dólares pelos 80 por
cento de propriedade na joint venture. A expectativa é que a parceria
proposta seja contabilizada nos resultados da Boeing por ação, no início
de 2020, e gere sinergia anual de custos estimada de cerca de 150
milhões de dólares, antes de impostos, até o terceiro ano.
A parceria estratégica reunirá mais de 150 anos de liderança combinada
no setor aeroespacial e potencializará as linhas de produtos comerciais
altamente complementares das duas empresas. A parceria é a evolução
natural de um extenso histórico de colaboração entre Boeing e Embraer
que remonta há mais de 20 anos.
Uma vez consumada a transação, a joint venture na aviação comercial será
liderada por uma equipe de executivos sediada no Brasil, incluindo um
presidente e CEO. A Boeing terá o controle operacional e de gestão da
nova empresa, que responderá diretamente a Muilenburg.
A joint venture se tornará um dos centros de excelência da Boeing para o
desenvolvimento de projetos, a fabricação e manutenção de aeronaves
comerciais de passageiros e será totalmente integrada à cadeia geral de
produção e fornecimento da Boeing.
A Boeing e a joint venture estarão aptas a oferecer uma linha abrangente
e complementar de aeronaves de passageiros de 70 a mais de 450 assentos,
além de aviões de carga, oferecendo produtos e serviços do mais alto
nível para melhor atender uma base global de clientes.
KC-390
Além disso, as empresas também irão criar outra joint venture para
promoção e desenvolvimento de novos mercados e aplicações para produtos
e serviços de defesa, em especial o avião multimissão KC-390, a partir
de oportunidades identificadas em conjunto.
"Os investimentos conjuntos na comercialização global do KC-390, assim
como uma série de acordos específicos nas áreas de engenharia, pesquisa
e desenvolvimento e cadeia de suprimentos, ampliarão os benefícios
mútuos e aumentarão ainda mais a competitividade da Boeing e da
Embraer", comentou Nelson Salgado, vice-presidente executivo Financeiro
e de Relações com Investidores da Embraer.
Finalização do acordo
A finalização dos detalhes financeiros e operacionais da parceria
estratégica e a negociação dos acordos definitivos da transação devem
continuar nos próximos meses. Uma vez executados estes acordos
definitivos de transação, a parceria estará, então, sujeita a aprovações
regulatórias e de acionistas, incluindo a aprovação do governo
brasileiro, bem como outras condições habituais pertinentes à conclusão
de uma transação deste tipo. Caso as aprovações ocorram no tempo
previsto, a expectativa é que a transação seja fechada até o final de
2019, ou seja, entre 12 a 18 meses após a execução dos acordos
definitivos.
"Esta parceria estratégica é a evolução natural de um longo histórico de
colaboração entre a Boeing e a Embraer em uma série de iniciativas no
setor aeroespacial há quase três décadas", informou Greg Smith,
vice-presidente executivo Financeiro e vice-presidente de Estratégia e
Desempenho da Boeing. "Ela está alinhada com a estratégia da Boeing de
buscar oportunidades estratégicas de investimento que demonstrem valor
real e acelerar nossos planos de crescimento orgânico. Esta parceria irá
fortalecer as capacidades verticais da Boeing e aumentar o valor gerado
para nossos clientes durante todo o ciclo de vida de produtos e serviços
de ponta da indústria", completou.
A Boeing e a Embraer se beneficiarão de uma escala, recursos e presença
mais amplos, incluindo uma cadeia global de fornecedores, vendas,
marketing e serviços, que lhes permitirá obter benefícios com
eficiências de alto nível em toda a organização. Além disso, a parceria
estratégica permitirá compartilhar as melhores práticas de fabricação e
desenvolvimento de aeronaves.
A transação não terá impacto nas projeções financeiras da Boeing e da
Embraer para 2018, bem como na estratégia de implantação de capital e no
compromisso da Boeing de retornar cerca de 100 por cento do fluxo de
caixa livre para os acionistas.
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