ABEAR defende maior integração do
Brasil com o mundo
Fala do
presidente foi feita durante seminário internacional organizado pela
Organização da Aviação Civil Internacional (OACI), em Brasília
06/06/2018 -
12h01
(Da
assessoria da ABEAR)
-
O presidente da ABEAR (Associação Brasileira das Empresas Aéreas),
Eduardo Sanovicz, defendeu ontem, dia 5 de junho, maior integração do
Brasil ao mundo por meio da facilitação do processo de viagem e da
aproximação do país aos padrões internacionais da aviação, durante a
abertura de um seminário internacional organizado pela OACI (Organização
da Aviação Civil Internacional), em Brasília (DF).
O
evento reúne autoridades do setor da América Latina para debater o
Programa de Identificação de Viajantes, garantindo a execução das
resoluções do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações
Unidas).
"É fundamental a ampliação das
relações do Brasil com a aviação global para nos aproximarmos cada vez
mais dos padrões praticados pela ICAO. Nosso grande objetivo é o
passageiro e sua experiência de voo", destacou Sanovicz. Segundo ele, a
aviação brasileira crescerá com o avanço desta articulação. "Queremos
facilitar o cotidiano dos passageiros e buscar ampliar os níveis de
segurança. Isso somente será possível com a liberdade tarifária, a
eficiência da cadeia produtiva e um ambiente regulatório e de negócios
alinhado às regras internacionais", acrescentou.
Em consideração à presença de autoridades brasileiras da aviação civil,
Eduardo Sanovicz agradeceu publicamente, em nome da ABEAR, a mobilização
de todos os atores do setor para que mais de 95% da frota permanecesse
no ar atendendo as demandas durante a greve dos caminhoneiros. "Juntos
conseguimos minimizar danos e inconvenientes aos passageiros. Esse foi
um trabalho para orgulhar todos os profissionais que dele participaram e
que deles se beneficiaram", disse.
Na ocasião, o embaixador Ronaldo Costa Filho, representando o Ministério
das Relações Exteriores, destacou a importância do setor para o governo
brasileiro. Por sua vez, a delegada do Brasil junto à OACI, Mitzi Gurgel
Valente da Costa, ressaltou a importância da segurança operacional e dos
passageiros. "A padronização dos passaportes já permitiu um enorme ganho
de efetividade e segurança das informações em todo o mundo, além da
detecção de eventuais fraudes", informou Mitzi.
O diretor-geral da Polícia Federal, Rogério Galloro, caracterizou o
ambiente do seminário como adequado para buscar respostas aos principais
desafios da atualidade: mecanização, biometrização e tecnologia. O uso
inteligente da tecnologia para facilitar a vida de quem viaja foi
abordado pelo diretor-presidente da ANAC (Agência Nacional de Aviação
Civil), José Ricardo Botelho, que defendeu o uso da carteira de
identidade ou de motorista como documento oficial desde a emissão da
passagem ao embarque.
Para o ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Valter Casimiro
Silveira, o diálogo com um público qualificado é o melhor caminho para
discutir o futuro da aviação civil. "É importante congregar aqueles que
efetivamente fazem a aviação decolar. Precisamos estar alinhados com
diretrizes internacionais da ICAO, que contribuem para harmonizar a
linha de defesa do estado brasileiro a ampliar a segurança nacional e da
sociedade", garantiu o ministro, completando que o Brasil é um destino
seguro e atrativo para turistas e investidores.
Também compuseram a mesa de abertura do seminário o diretor do
departamento dos Transportes Aéreos da OACI, Boubacar Djibo, o
diretor-geral do América do Sul, Diego Beltrand, o diretor-geral do
Conselho de Aeroportos da América Latina e Caribe, Javier Martinez
Botacio. O evento ocorrerá até amanhã, dia 7 de junho.
Estão na pauta do seminário os elementos do Programa de Identificação de
Viajantes, incluindo: padrões de documento de viagem, especificações e
melhores práticas, emissão segura de documentos de viagem, evidência
robusta de processos de identidade e tecnologias de compartilhamento de
informações para a execução de Resoluções do Conselho de Segurança da
ONU no combate a terroristas, com especial foco na gestão efetiva do
controle das fronteiras.
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