Embraer
e
FAB
comemoram
50
anos
do
1º
voo
do
Bandeirante
Evento recriou a solenidade
oficial de 26 de outubro de 1968
30/10/2018 -
17h48
(Da
assessoria da Embraer)
-
A Embraer e a FAB (Força Aérea Brasileira) realizaram na última
sexta-feira, dia 26 de outubro, uma cerimônia para celebrar os 50 anos
do primeiro voo do Bandeirante, avião bimotor que representa um marco na
história da indústria aeronáutica nacional e que levou à criação da
Embraer em 1969 para a produção em série e comercialização do produto.
__ |
Divulgação - Embraer |
|
|
|
Cerimônia recria o primeiro voo
do avião em São José dos Campos
(SP).
|
O evento recriou a solenidade oficial de
26 de outubro de 1968, quando centenas de convidados testemunharam o voo
da aeronave que partiu da pista (na época não pavimentada) de São José
dos Campos, interior de São Paulo. A celebração contou com a presença do
Ministro da Defesa, Joaquim Silva e Luna, do Comandante da Aeronáutica,
Tenente-Brigadeiro Nivaldo Luiz Rossato, do primeiro diretor
superintendente da Embraer, engenheiro Ozires Silva, e da atual
diretoria e funcionários da companhia.
"O Bandeirante representou muito mais do que uma aeronave, mas um novo
ciclo de transformação da indústria brasileira. Ele representa um Brasil
que é aguerrido, capaz de unir competência, talento e inovação", disse
Paulo Cesar de Souza e Silva, CEO e diretor-presidente da Embraer. "Esta
data comemorativa nos oferece uma oportunidade para agradecer e celebrar
os pioneiros da Embraer e da indústria aeronáutica brasileira, os nossos
próprios bandeirantes, que desbravaram as fronteiras da tecnologia
aeronáutica. A Embraer é hoje uma empresa que compete em igualdade de
condições tecnológicas com as maiores do mundo porque há 50 anos um
grupo de engenheiros, projetistas e pilotos ousou trazer à vida uma
aeronave que se tornou uma lenda", acrescentou.
"Os 50 anos do Bandeirante devem ser comemorados sob diversos pontos de
vista. Inicialmente como uma continuidade da genialidade e inventividade
do brasileiro no campo da aviação. Ademais, o primeiro voo do
Bandeirante representa também o início da inserção do Brasil em um
contexto de destaque na indústria aeronáutica mundial, por meio da
criação da Embraer e do estabelecimento de sucessivas parcerias de
sucesso em diversos projetos, os quais após 50 anos projetaram a empresa
a um patamar de reconhecimento e excelência incontestável em nível
mundial", afirmou o Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro
Nivaldo Luiz Rossato.
O primeiro protótipo do Bandeirante, então denominado de IPD-6504,
realizou o voo de teste inaugural em 22 de outubro de 1968, com a
presença da equipe técnica do projeto. O avião, pintado nas cores da
FAB, deixou o hangar do X10, do CTA (Centro Técnico Aeroespacial), para
decolar às 7h07 e retornou para pouso 50 minutos depois sob o comando do
major-aviador José Mariotto Ferreira e do engenheiro de voo Michel Cury.
Mas foi somente quatro dias depois que o avião foi apresentado
oficialmente a autoridades e jornalistas, e o voo novamente realizado.
Digno de seu nome, o avião Bandeirante liderou o desenvolvimento da
aviação regional global e impulsionou a indústria aeronáutica
brasileira, com o início de uma história de sucesso que permitiu
transformar ciência e tecnologia em engenharia e capacidade industrial,
hoje reconhecidas em todos os continentes nos quais voam os aviões
fabricados pela Embraer.
Para a construção do primeiro protótipo, decorreram três anos e quatro
meses, entre os primeiros estudos preliminares e o voo inaugural. Para
isso, foram gastos 110 mil horas de projeto, tendo sido executados
12.000 desenhos de fabricação, 22.000 horas de cálculo estrutural e
aerodinâmico e 282.000 horas de fabricação do avião e do seu
ferramental.
Ao longo de mais de duas décadas, a Embraer produziu e entregou 498
aviões Bandeirante em diversas configurações civis e militares.
Atualmente, cerca de 150 aeronaves estão em operação em linhas aéreas,
táxi-aéreos, entidades governamentais e Forças Aéreas nas Américas,
Ásia, Africa, Europa e Oriente Médio.
|