Valor alto do combustível impacta
finanças das aéreas
Estima-se que o setor aéreo tem
um custo extra de R$ 1,3 bilhão com a atual precificação do combustível
dos aviões
19/09/2018 -
15h39
(Da
assessoria da ABEAR)
-
A ABEAR (Associação Brasileira das Empresas Aéreas), a IATA (Associação
Internacional de Transporte Aéreo, IATA, na sigla em inglês) e a ALTA
(Associação de Transporte Aéreo da América Latina e Caribe) estimam que
o setor aéreo tem um custo extra de R$ 1,3 bilhão com a atual
precificação do combustível dos aviões, o querosene de aviação (QAV).
Esse valor refere-se a 2017 e leva em conta toda a atividade de aviação
no país, incluindo a regular (doméstica e internacional), geral e
militar, entre outras.
__ |
Rodrigo Zanette - 02/11/2016 |
|
|
|
Combustível de avião alcança valor recorde no país, diz ABEAR.
|
Com a resolução da ANP (Agência Nacional
do Petróleo) que pretende dar mais transparência à formação de preços de
combustíveis, biocombustíveis e gás natural, cuja minuta está em
consulta pública por 30 dias desde o dia 15 de agosto, as três entidades
esperam ter acesso à fórmula de precificação do QAV para poder
contribuir com sugestões que tragam mais eficiência e competitividade ao
transporte aéreo.
"A ABEAR, a IATA e a ALTA fazem um alerta sobre a importância de o
combustível dos aviões ter uma fórmula de precificação mais transparente
e que reduza os custos do setor, beneficiando os passageiros", afirmou o
presidente da ABEAR, Eduardo Sanovicz. "O preço do combustível de
aviação no Brasil é um dos mais altos do planeta! Desenvolver uma
precificação atrelada a uma fórmula transparente de preços para diminuir
os custos é de fundamental importância para o crescimento sustentável do
transporte aéreo em todo o país", acrescentou o diretor geral da IATA
para o Brasil, Dany Oliveira.
"O combustível de aviação é o maior e mais importante item de custo das
companhias aéreas. Uma mudança na precificação atual do querosene de
aviação auxiliaria no desenvolvimento do transporte aéreo no Brasil,
contribuindo para o desenvolvimento econômico e o crescimento do país",
disse o diretor executivo da ALTA, Luis Felipe de Oliveira.
O querosene de aviação, responsável por quase um terço do preço do
bilhete aéreo, alcançou na semana de 20 de agosto o seu maior valor
histórico pago pelas companhias aéreas no Brasil, em torno de R$ 3,30,
incluindo impostos.
Segundo dados da ANP, é o maior preço registrado desde 2002, ano em que
entrou em vigor a liberdade tarifária no Brasil, o que derrubou as
tarifas aéreas à metade do valor cobrado até então. Só nos últimos dois
anos, o QAV acumula alta de 82%.
|