Ponte-aérea Rio-São Paulo completa 60
anos de operações
Figurando como uma das
recordistas de movimentação aérea no mundo, a ligação entre os dois
aeroportos mais icônicos do País, administrados pela Infraero, faz
aniversário e deixa legado histórico, cujas influências ultrapassam os
oceanos
08/07/2019 -
11h46
(Da
assessoria da Infraero)
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Na última sexta-feira, dia 5 de julho, a ligação aérea entre as duas
cidades mais populosas do País, São Paulo e Rio de Janeiro, completa 60
anos de atividades ininterruptas.
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Divulgação - Infraero |
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Ponte-aérea
Rio-São Paulo completou 60 anos de operações entre os aeroportos de
Congonhas (SP) e Santos Dumont (RJ).
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Os
grandes protagonistas dessa história são os aeroportos de Congonhas (SP)
e Santos Dumont (RJ), administrados pela Infraero desde os anos de 1980,
cuja conexão por ar figura entre as quatro mais movimentadas do planeta.
Símbolos de tempos de glamour, boemia, ou negócios, os terminais carioca
e paulista dão, hoje, lugar ao vai-e-vem dos mais de 26,5 mil
passageiros diários da Ponte Aérea, sem mencionar aqueles com destino a
outras localidades. Milhões de pessoas a cada ano, que se encantam pela
conveniência e beleza na chegada ao centro do Rio, com vista para o Pão
de Açúcar e a Baía de Guanabara, ou a São Paulo, cujo paliteiro de
prédios e grande movimento de carros, observados da janelinha, antecipam
o frenesi da cidade, a poucos quilômetros do aeroporto.
O ano era 1959. O Brasil era governado pelo presidente Juscelino
Kubitschek e vivia sob a melodia da Bossa Nova. O Rio de Janeiro era a
capital federal e centro político-cultural do país. São Paulo já era a
maior cidade brasileira e a sua importância crescia junto com o seu
desenvolvimento industrial.
No final dos anos 1950, a aviação comercial no Brasil era dominada pela
Panair, nos voos internacionais, e pela Real Aerovias, que estava
ganhando espaço no mercando doméstico, operando 15 voos em cada trecho
na ligação Rio de Janeiro - São Paulo.
Em 1959, as companhias aéreas Varig, Cruzeiro do Sul e Vasp se reuniram
e decidiram criar juntos algo novo. A proposta era operar em conjunto as
decolagens e, assim, substituir voos quase vazios de cada companhia por
um lucro em grupo. Nascia então a Ponte Aérea, em 5 de julho de 1959.
Juntamente com ela surgiu o bilhete único, que permitia ao passageiro
comprar a passagem e viajar em qualquer um dos aviões das três empresas.
Assim, da noite para o dia, aviões começaram a sair lotados. A
recém-criada ponte aérea passou a oferecer voos a cada 30 minutos. A
receita em caixa era posteriormente distribuída entre as companhias de
acordo com a participação efetiva de cada uma na malha.
O termo "ponte-aérea" foi criado, em 1959, para denominar o acordo entre
as empresas. O conceito foi um sucesso e acabou inspirando outras rotas
do gênero, como as pontes Nova York-Washington e Nova York-Boston. As
primeiras aeronaves utilizadas na ponte aérea foram os Convair 240, da
Varig; os Convair 240, 340 e 440, da Cruzeiro; e os Saab Scandia, da
Vasp.
Nas décadas de 1970 e 1980, o único tipo de avião a voar no trecho era o
Electra da Varig, tendo seu auge até a década de 1990, quando
diariamente eram operados 44 voos em cada sentido, Congonhas e Santos
Dumont.
Em 1991, por determinação do DAC (Departamento de Aviação Civil), os
aviões turboélices Lockheed Electra II foram substituídos por aviões
turbo-jatos, como Fokker 100, Boeing 737 e Airbus A320. A mudança
possibilitou a empresa aérea TAM, que estava fora do acordo, a operar
sua própria rota entre Rio-São Paulo. Com isso, o acordou deixou de
existir diante da nova concorrência. O termo "ponte-aérea" passou a ser
considerado para qualquer viagem entre as cidades de Rio de Janeiro e
São Paulo.
Atualmente, a LATAM Brasil é a responsável pelo maior número de
passageiros na ligação entre as duas maiores cidades brasileiras, são
quase 17 mil voos por ano. A GOL responde por mais de 15 mil voos.
Criada 14 anos após ao surgimento da ponte aérea, a Infraero é parte
dessa bela história. Em 1981, a Infraero passa a administrar o aeroporto
de Congonhas e, também, em 1987, a Empresa assumiu a gestão do Aeroporto
Santos Dumont.
No primeiro ano em Congonhas, a Infraero iniciou a construção da sala
para a ponte aérea, concluída em 1992. Esses foram os primeiros
investimentos de uma série de realizações feitas pela Empresa, ao longo
de mais de 30 anos de administração aeroportuária.
Hoje, o trecho Rio-São Paulo é também considerado a quarta rota
doméstica mais movimentada do mundo, com quase 40 mil voos anuais, e a
mais pontual do mundo, segundo a consultoria britânica OAG (Official
Aviation Guide). Apenas as rotas entre as cidades de Seul a Jeju, na
Coreia do Sul; Melbourne a Sidney, na Austrália; e Bombai a Nova Dheli,
na Índia, possuem maior tráfego, segundo pesquisa.
Contudo, quando o assunto é América Latina, a ponte aérea brasileira é a
rota doméstica mais movimentada, com diferença de quase 8 mil
passageiros para a segunda rota, entre as cidades de Cuzco e Lima, no
Peru.
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