Demanda por aeronaves executivas usadas
cresce no NE
Região registrou 1% de
crescimento da frota de aeronaves usadas em serviço aéreo privado em
2017 e nos primeiros meses de 2018
03/06/2019 -
12h23
(Da
assessoria da Solojet Aviação)
-
O Nordeste manteve praticamente a mesma frota de aeronaves executivas
nos últimos anos, mas agora começa a dar sinais de recuperação do
mercado. Apesar da retomada econômica ser lenta, a necessidade de se
conectar é a principal motivação para a compra de uma aeronave. O
Nordeste é um dos mercados mais importantes para a Solojet Aviação.
"O mercado de compra e venda de aeronaves
para a aviação geral vem sendo impulsionado pela necessidade de
conectividade e também pela dificuldade de transporte na região. Comprar
o avião significa comprar mobilidade e tempo", disse André Bernstein,
diretor da Solojet Aviação. Não é à toa que o Nordeste detém 23% dos
aeródromos privados do país e a região conta com uma frota de quase duas
mil aeronaves.
O Brasil ainda permanece com o título de detentor da segunda maior frota
de aviação geral do mundo, só perdendo para os Estados Unidos, mas nos
últimos anos, por conta da crise, a frota ficou estagnada. Deixou de
crescer e ainda vimos centenas de aeronaves registradas no Brasil serem
vendidas no exterior. Parte dessa demanda reprimida começa a voltar ao
mercado e isso acontece de forma mais consistente onde os segmentos da
economia apresentam melhor performance.
"Estamos trabalhando com uma perspectiva de crescer 100% em volume de
vendas em 2019 e o Centro-Oeste deve contribuir com esta meta. Algumas
vendas já aconteceram no ano passado, mas o forte deve ser em 2019 e
2020", acrescentou Bernstein.
"Antes da crise havia financiamento disponível e comprar aeronave nova
era muito mais fácil. Hoje o cenário é outro e o brasileiro, calejado
com tudo que passou, está revendo os conceitos. Quer comprar certo,
aquela aeronave que de fato precisa, aceita comprar usada e até pensa em
compartilhar, coisa que os americanos já fazem há muitos anos", informou
André Bernstein, diretor da Solojet Aviação. O custo de uma aeronave vai
muito além da aquisição, é preciso computar tripulação, hangaragem,
consumo de combustível, manutenções etc.
Na visão do executivo, muita gente que vendeu a aeronave na crise,
aproveitando inclusive a valorização do ativo e alta do dólar, agora
está analisando o que comprar. "A decisão de comprar está tomada, a
pessoa precisa da aeronave para ter mobilidade e chegar aos lugares em
que precisa. Isso vale para empresários, fazendeiros e muita gente que
tem negócios espalhados pelo país", explicou. Aeronaves executivas são
eficientes ferramentas de trabalho, pois garantem tempo ao proprietário.
A equação correta da compra é sempre olhar a operação, tanto de
quantidade de pessoas a bordo quanto a autonomia, consumo de
combustível, tipo de pista a ser utilizada, relacionando isso com o
valor a ser investido. "Hoje, a revitalização de uma aeronave permite
aumentar o conforto, diminuir o consumo e tornar uma aeronave usada tão
boa quanto nova muitas vezes com metade do investimento de uma nova",
finalizou Bernstein.
Em maio do ano passado, a frota era de 15.406 aeronaves da aviação geral
(tudo aquilo que não envolve a aviação comercial e experimental) e o
crescimento da frota entre 2017 até maio passado foi de apenas 0,3%. Só
para ter ideia da estagnação do mercado, de 2006 até 2014 a frota
brasileira havia saltado de 10.646 aeronaves para 15.120, um crescimento
de quase 50% em oito anos. Atualmente, a frota brasileira tem presença
maior nos Estados de São Paulo, Mato Grosso e Minas Gerais.
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