Viracopos, IF e CEIBA entregam área de
cerrado restaurada
Local foi recuperado com
espécies vegetais típicas e fica a 750 metros do Rio Mogi Guaçu; trilha
ecológica será inaugurada
05/06/2019 -
12h36
(Da
assessoria da Aeroportos Brasil Viracopos)
-
No dia Mundial do Meio Ambiente, celebrada hoje, dia 5 de junho, uma
área de cerrado de aproximadamente 45 campos de futebol, em Mogi Guaçu
(SP), será entregue após ser recuperada como parte de um projeto
ecológico realizado por meio de uma parceria entre o aeroporto de
Viracopos, em Campinas (SP), o Instituto Florestal (IF), entidade ligada
à Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente de SP, e a empresa CEIBA
Consultoria Ambiental.
__ |
Divulgação - Aeroportos Brasil Viracopos |
|
|
|
Interior do novo Terminal de Passageiros do
aeroporto de Viracopos,
em
Campinas (SP).
|
A área restaurada possui 442,5 mil m2
e está localizada dentro da Estação Experimental de Mogi Guaçu, chamada
Fazenda Campininha. Dentro desse espaço, também será inaugurada no dia 5
de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente, a Trilha das Lobeiras, que
consiste em um caminho de um quilômetro que foi desenvolvido pelos
técnicos do IF e da Ceiba, com apoio de Viracopos, para trabalhar a
conscientização ambiental com as crianças e adultos.
A metodologia do projeto de restauração envolveu o plantio de
adensamento e enriquecimento associado com a condução de regeneração
natural da área. O projeto teve início em 2015, após assinatura do TCRA
(Termo de Compromisso de Recuperação Ambiental), entre Viracopos e
Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de SP) devido ao processo de
licenciamento ambiental pelas obras de ampliação do aeroporto de
Viracopos.
As áreas estão inseridas numa região de predominância de cerrado, com
presença de regenerantes de espécies características e, em alguns
pontos, apresenta uma vegetação mais adensada típicas de locais mais
úmidos, com a presença de espécies encontradas ao longo das margens
florestadas do Rio Mogi-Guaçu, que se encontra a 750 metros da área de
plantio.
Após a seleção das áreas para restauração, as equipes técnicas
realizaram um sobrevoo de drone para obtenção de imagens aéreas com o
objetivo de observar os padrões de densidade de regenerantes na área e
documentar a evolução dos locais em restauração ao longo do tempo, além
da realização de levantamento florístico das áreas para caracterizar os
tipos de vegetação e embasar a escolha das espécies típicas para compor
o plantio.
A estratégia definida para o plantio resultou num aumento da densidade
de indivíduos e na diversidade de espécies, associadas ao controle de
espécies invasoras e controle de formigas cortadeiras. Sem essas duas
providências, dificilmente as mudas plantadas poderiam sobreviver e se
desenvolver, segundo os responsáveis pelo projeto. Após as operações de
replantio das diversas espécies foi realizado no período de estiagem a
irrigação das mudas para evitar a perda por desidratação.
Atualmente, é possível observar no local a ocorrência de espécies de
gramíneas nativas, em especial o rabo-de-burro (Andropogon bicornis) e
uma espécie de sapê comum em áreas de cerrado, além da floração e
frutificação de diversas espécies atrativas à fauna, tais como lobeiras
(Solanum lycocarpum) e jurubebas (Solanum paniculatum), indaiá (Attalea
geraensis), cajueiro-do-campo (Anacardium humile), gabirobas (Campomanesia
sp) entre outras.
O projeto de restauração da área tem como objetivo atender as exigências
legais previstas no Termo de Compromisso de Recuperação Ambiental (TCRA)
N° 25919/2015, que visa o cumprimento de condicionantes ambientais da
Licença de Instalação N° 2126/2012 e da Licença de Operação N°
2243/2014, bem como atender aos parâmetros de recomposição previstos na
Resolução SMA N° 32/2014, cuja finalidade é a restauração ecológica de
áreas degradadas.
|