Fumaça celebra 13 anos de quebra de
recorde mundial
Esquadrilha da Fumaça quebrou
pela terceira vez o recorde mundial de número de aeronaves voando,
simultaneamente, em formação e no dorso
30/10/2019 -
11h04
(Da
assessoria do EDA)
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"O que mais me chamou a atenção foi o fato de ser um dia de outubro
atipicamente Cavok", disse Gobett. Com essas palavras, o Coronel Aviador
Marcelo Gobett Cardoso nos conta um pouco da experiência em ser um dos
doze pilotos da Esquadrilha da Fumaça a participar da quebra do recorde
mundial, utilizando um termo da aviação para se referir a um céu com
boas condições de visibilidade e teto das nuvens.
DOMINGO AÉREO 2006 NA AFA
- PIRASSUNUNGA/SP
Confira a agenda de
demonstrações da Esquadrilha da Fumaça
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Divulgação - EDA |
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Esquadrilha da Fumaça celebra 13 anos
da quebra do recorde mundial com doze aeronaves em voo de dorso e em
formação.
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Há trezes anos, no dia 29 de outubro de
2006, a Esquadrilha da Fumaça quebrou pela terceira vez o recorde
mundial de número de aeronaves voando, simultaneamente, em formação e no
dorso (de cabeça para baixo).
O feito foi assistido por cerca de 60.000 pessoas na AFA (Academia da
Força Aérea) e homologado pelo Guinness World Record. Os dois recordes
anteriores também pertencem a Esquadrilha da Fumaça, sendo que o
primeiro feito ocorreu com 10 aeronaves em 1996 e o segundo em 2002, com
11 aeronaves durante as comemorações de 50 anos do Esquadrão.
A data escolhida para o terceiro recorde não foi por acaso: naquela
mesma semana a FAB (Força Aérea Brasileira) comemorava o centenário do
primeiro voo com o 14-Bis realizado pelo brasileiro Alberto Santos
Dumont, em 1906, na capital francesa, Paris.
Apesar do aumento de apenas uma aeronave na formação, a manobra exigiu
muito mais do time, pois foi formada mais uma linha de aeronaves (em
relação ao recorde anterior) T-27 Tucano. Conforme explica o Coronel
Gobett, que voou na posição #7 durante a manobra, a técnica foi a mesma
empregada no recorde anterior. "Mas os parâmetros foram diferentes para
que os aviões da última linha tivessem energia e manobrabilidade
suficientes para manterem a velocidade e posição”. Explica que um dos
pontos críticos da manobra foi a transição do voo normal para o voo
invertido por meio de um 'meio-looping' para chegarem à posição para o
recorde. “A margem de erro era menor e era necessário um trabalho mais
preciso nos comandos e motor, por isso, a maior exigência nos
treinamentos", completou o Coronel. Curiosamente, ele havia saído três
anos antes do efetivo da Esquadrilha da Fumaça, que possuía 11 pilotos,
e foi convidado para ser o 12º exclusivamente para a nova marca.
Quem estava na última linha de aeronaves era o Coronel Aviador Ricardo
Beltran Crespo, na posição #12, fechando o grupo de aeronaves para o
recorde mundial. Conta-nos que apesar de todo o profissionalismo,
técnica treinada e doutrina durante o voo, após o pouso, foi tomado pela
emoção. "Confesso que, após o corte do motor e ao abrir o canopy do
Tucano, toda a alegria e vibração daquele imenso público me contagiaram.
O ser humano em mim, enfim, simplesmente chorou de gratidão e emoção",
afirmou.
Apesar das suas 276 demonstrações realizadas durante os anos de 2003 e
2006, esse voo, em particular, marcou a sua vida. "Por aquele momento
eternizado, agradeço aos meus 11 amigos que dividiram comigo aquele
espaço aéreo durante os 30 segundos daquele voo. Muito obrigado aos
pilotos Fumaceiros, Anjos da Guarda e equipes de solo que viabilizaram
esse recorde com muito carinho, hoje eternizado em nossas vidas",
acrescentou Crespo.
Apesar da homologação no mesmo dia, apenas em 2017 é que a Esquadrilha
da Fumaça recebeu o certificado pelas mãos do diretor do Guinness na
América Latina, Carlos Martínez. Na ocasião, relatou a sua felicidade de
poder conhecer de perto a equipe e parabenizar pelo recorde. "É
impressionante e espetacular o que a equipe fez em 2006 de voar,
simultaneamente, com doze aviões em voo invertido", concluiu. Passados
13 anos após o recorde com as doze aeronaves, nenhum outro Esquadrão no
mundo bateu tal marca.
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