Demanda global de passageiros recua
14,1% em fevereiro
É a queda mais acentuada no
setor desde os impactos do 11 de setembro de 2001
06/04/2020 -11h56
(Da assessoria da ABEAR)
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A demanda global por viagens aéreas domésticas e internacionais
despencou 14,1% em fevereiro de 2020, na comparação com o mesmo mês do
ano passado, informou a Associação Internacional de Transporte Aéreo
(IATA, da sigla em inglês).
De acordo com a
entidade, é a queda mais acentuada no setor desde os impactos do 11 de
setembro de 2001 e reflete o cancelamento de voos domésticos na China e
a diminuição da demanda internacional em voos de/para a região
Ásia-Pacífico, após restrições de viagens com o avanço dos casos do novo
Coronavírus.
Na mesma comparação, a oferta diminuiu 8,7%. Com isso, o aproveitamento
das aeronaves teve redução de 4,8 pontos percentuais, chegando a 75,9%.
"A queda global de demanda em 14,1% é grave, mas para as empresas da
Ásia-Pacífico foi ainda pior, com redução de 41%. Esta é, sem dúvida, a
maior crise que o setor já enfrentou", disse o diretor-geral e CEO da
IATA, Alexandre de Juniac.
1º bimestre
O transporte aéreo global de passageiros acumula queda de 5,4% no
primeiro bimestre, em relação a igual período de 2019. A oferta de
assentos mostrou redução de 3,3% na comparação anual, com o
aproveitamento das aeronaves de 78,4%, recuo de 1,8 ponto percentual
Carga aérea
A demanda global por transporte aéreo de carga recuou 1,4% em fevereiro,
em relação ao mesmo período do ano passado, informou a IATA. A
capacidade de carga, por sua vez, teve redução de 4,4%, na comparação
anual. Com isso, o aproveitamento das aeronaves para essa atividade teve
aumento de 1,5 ponto percentual, para 46,4% no período.
Segundo a IATA, esses resultados mostram o impacto negativo causado pela
pandemia do novo Coronavírus no transporte de cargas. No primeiro
bimestre, essa atividade acumula queda de 2,7%, em relação a igual
período do ano passado, com redução de 1,7% na capacidade, na mesma
comparação. O aproveitamento dos aviões teve recuo de 0,5 ponto
percentual, para 45,5%.
"As empresas da Ásia-Pacífico foram as mais afetadas, registrando queda
na demanda de 15,5%. A pausa das cadeias de suprimentos globais levou a
uma diminuição da demanda, mas a redução do tráfego de passageiros
resultou em cortes ainda mais profundos na capacidade de carga. O setor
está enfrentando dificuldades para atender a demanda com a capacidade
limitada disponível", afirmou o diretor-geral e CEO da IATA, Alexandre
de Juniac.
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