Demanda global por viagens aéreas cai
91,3% em maio
Recuperação de alguns mercados
domésticos, sobretudo a China, impulsionou os indicadores do mês
02/07/2020 -11h45
(Da assessoria da ABEAR)
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A demanda global por viagens aéreas domésticas e internacionais teve
queda de 91,3% em maio, em relação ao mesmo mês do ano passado, informou
a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA, na sigla em
inglês).
É uma leve melhora em comparação ao mesmo indicador de abril, até então
o pior mês do setor durante a pandemia do novo Coronavírus, que
registrou declínio de 94,3%.
A recuperação de alguns mercados domésticos, sobretudo a China,
impulsionou os indicadores do mês. A oferta de assentos nos aviões
diminuiu 86% na mesma comparação, com retração da taxa de ocupação das
aeronaves de 31 pontos percentuais, para 50,7%.
"Maio não foi tão terrível quanto abril. Essa é a melhor coisa que
podemos dizer. Os números mostram que a recuperação da demanda está
acontecendo nos mercados domésticos. Voos internacionais permanecem
virtualmente parados em maio. Nós estamos apenas no início de uma longa
e difícil recuperação. E há uma enorme incerteza sobre o impacto que um
ressurgimento de casos da COVID-19 poderia ter em mercados importantes
da aviação", disse o diretor geral e CEO da IATA, Alexandre de Juniac.
De janeiro a maio, o transporte aéreo global de passageiros acumula
queda de 52,2%, diante de igual período do ano passado. A oferta, por
sua vez, mostra retração de 44,8% na mesma comparação, com a taxa de
ocupação dos aviões de 70,5%, recuo de 11 pontos percentuais.
Carga aérea
O transporte aéreo global de cargas
recuou 20,3% em maio, diante de maio 2019. A capacidade dos aviões para
essa atividade teve queda de 34,7% na mesma comparação. O aproveitamento
das aeronaves ficou em 66,4%, diminuição de 10,4 pontos percentuais.
Nos cinco primeiros meses do ano, essa atividade acumula queda de 13,8%,
em relação ao mesmo período de 2019. A capacidade dos aviões mostra
declínio de 20,9% na comparação anual, com o aproveitamento das
aeronaves de 51,3%, alta de 4,2 pontos percentuais.
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