AOPA
divulga
comunicado:
indícios
de
contaminação
da
Avgas
AOPA Brasil avalia a recomendação de
suspensão de operações de aeronaves com indícios de problemas
09/07/2020 -16h33
(Da assessoria da AOPA)
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Em seguida a notificação feita à ANAC (Agência Nacional de Aviação
Civil) e à SAC (Secretaria de Aviação Civil), na última terça-feira, dia
7 de julho, considerando a proliferação de evidências de problemas com a
gasolina de aviação comercializada no Brasil, a AOPA Brasil avalia
RECOMENDAR aos seus associados e à comunidade aeronáutica que caso
haja indícios de vazamentos, suspendam suas operações, até que
providências sejam tomadas. Inspeções pré-voo são ainda mais
importantes.
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Divulgação -
AOPA Brasil |
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AOPA Brasil avalia a recomendação de suspensão de operações de aeronaves
com indícios de problemas.
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A pauta com
da ANAC, ANP (Agência Nacional do Petróleo) e AOPA Brasil, neste
momento, envolve tópicos como laudos técnicos do combustível Avgas
distribuído no país, interação com operadores e oficinas, como e para
onde encaminhar amostras para análise e decisões sobre eventuais
recomendações de circunstâncias de recomendação de "groundeamento" e
ações mitigadoras.
Na medida em que as interações da AOPA Brasil com ANAC e ANP evoluam, a
Associação manterá seus associados informados.
A AOPA Brasil recomenda a TODOS OS OPERADORES que tenham indícios
de problemas com suas aeronaves que documentem fotograficamente tais
evidências, mantenham registro de onde foram realizados seus últimos
abastecimentos e busquem orientação com suas oficinas mecânicas de
confiança. A Associação já está em contato com laboratórios de análises
físico químicas de combustíveis para instruir seus associados sobre como
coletar e para onde enviar amostras para análise, bem como os custos
envolvidos.
Avgas contaminada?
Em 2018 a Petrobras interrompeu a produção de gasolina de aviação em
território nacional e desde então, apesar da expectativa de retomada,
isso não ocorreu e o Brasil tornou-se importador do produto. Entre 2018
e 2019 houve falta do produto em todo o Brasil.
No segundo semestre de 2019 operadores e oficinas relataram aparentes
índices excessivos de chumbo, que se acumulavam de forma anormal em
partes do grupo motopropulsor.
Investigações realizadas na ocasião, até onde a AOPA Brasil foi
informada pela associação dos distribuidores, deram conta de que as
amostras de produto retiradas pela ANP, Distribuidoras e Petrobras, em
diferentes pontos de amostragem, desde os tanques de estocagem na
refinaria até os tanques das distribuidoras nos aeroportos, estavam
dentro das especificações de Chumbo previstos. Havia sido detectada
diferença no teor de chumbo do produto produzido no Brasil para o
importado porém dentro dos limites da especificação segundo associação
de distribuidores.
Ontem passaram a circular diversas informações, em redes sociais de
operadores aeronáuticos, em diversas localidades e regiões do Brasil,
dando conta da possível ocorrência de corrosões agressivas,
aparentemente provocadas pelo combustível, que se apresentam em tanques
de aeronaves, juntas, mangueiras, seletoras, bicos injetores, drenos e
em outras partes e componentes. Essas informações foram transmitidas
inclusive com imagens, já repassadas à ANAC.
Dado o risco severo decorrente de uma eventual contaminação do produto
em algum ponto da cadeia de suprimento nossa Associação solicitou pronta
ação da ANAC para:
1 - Revelar todos os testes realizados pela Petrobras e distribuidores
no combustível importado nos últimos 120 dias.
2 - Realizar novos testes em diversos pontos da cadeia de distribuição,
revelando assim que possível seus resultados.
3 - Abrir canal de comunicação direta e formal entre a comunidade
aeronáutica e ANAC para que se consiga mapear localidades, aeronaves,
amostras de produtos e componentes potencialmente contaminados.
4 - Fornecer imediatas instruções a aviadores, distribuidores,
revendedores, operadores e aviadores relativamente a verificações que
possam ser conduzidas antes das operações como pronta forma de mitigação
de riscos.
A AOPA Brasil recomenda a todos seus associados que aumentem muito seu
rigor nas inspeções pré-voo. Preferencialmente, expandam essa
verificação para detalhes em mangueiras, conectores, juntas e seletoras
em busca de indícios de vazamento de combustível. A AOPA Brasil lembra
que esse não é um assunto trivial e os aviadores são os primeiros
interessados e responsáveis pela segurança das suas operações!
Caso haja indício de vazamento, aborte seus voos, documente com fotos,
procure sua oficina imediatamente. Além disso, colha amostra do
combustível que esteja nos tanques e guarde-a. Entre em contato
imediatamente com o revendedor ou distribuidor que abasteceu a aeronave
e exija o atestado de qualidade do produto e reporte o problema à ANAC e
ao CENIPA (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos).
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