ESATAS
fazem
acordo
com
funcionários
para
evitar
demissões
Sindicatos assinaram na
última sexta-feira, dia 20 de março, um aditivo à Convenção Coletiva de
Trabalho que prevê, entre outros, auxílio para a alimentação dos
trabalhadores por ocasião da suspensão dos voos
24/03/2020
-14h35
(Da assessoria da ABESATA)
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As empresas prestadoras de serviços auxiliares do transporte aéreo (ESATAS)
firmaram um acordo com os sindicatos dos trabalhadores a fim de evitar
demissões e maiores consequências para os trabalhadores neste momento de
crise do setor aéreo.
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Rodrigo Zanette - 02/11/2016 |
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Empresa árabe dnata, que opera no Brasil, é membro da ABESATA.
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Em todo país, com o cancelamento de 70% dos voos domésticos e mais de
80% dos internacionais, as chamadas ESATAS se viram sem faturamento para
honrar com a continuidade dos negócios.
Estas empresas prestam serviços para companhias aéreas e aeroportos e
são remuneradas por produção, no caso das companhias aéreas, por voo
atendido em solo. Elas são responsáveis por serviços como transporte e
embarque de passageiros, raio-X, segurança e varredura contra o
terrorismo, manuseio de bagagem e carga aérea, check-in, limpeza de
aeronaves e outras modalidades de serviços auxiliares.
"Um dos pontos mais positivos do acordo, no nosso entender, está na
manutenção dos empregos. Nos casos de contratos mais prejudicados, ou
seja, com voos totalmente cancelados, ficou acertado que a empresa
poderá afastar o colaborador por 45 dias, podendo prorrogar por igual
período, com um auxílio alimentação no valor de R$ 600 mensais", disse o
presidente da ABESATA (Associação Brasileira das Empresas de Serviços
Auxiliares do Transporte Aéreo), Ricardo Aparecido Miguel. O valor deve
amparar os trabalhadores durante o período de crise.
Segundo o executivo, sem faturamento no presente momento as empresas não
têm como arcar com uma folha de pagamento. "O setor é intensivo de mão
de obra, em todo país são mais de 40 mil empregos diretos. Sabemos das
dificuldades por que o mundo passa neste momento de pandemia, e que há
muitas necessidades a serem atendidas nos mais diferentes segmentos
econômicos e sociais de nosso país. Lembramos que as ESATAS realizam
serviços essenciais e a união de esforços entre os órgãos
governamentais, empresários e trabalhadores podem conduzir a um porto
seguro após este momento crítico", completou.
O acordo também prevê que poderá haver redução de salários até o limite
de 25%, proporcional à redução de jornada, respeitando o valor hora e o
salário mínimo. Férias coletivas poderão ser decretadas e o pagamento
das férias pode ser feito em até três parcelas. O parcelamento também
passa a ser aceito nos casos de rescisão de contrato de trabalho e
haverá plano de demissão voluntária.
O desafio agora, segundo o presidente da ABESATA, é obter linhas de
financiamento para custear estas despesas extraordinárias e também
acelerar o recebimento de valores pendentes com as companhias aéreas,
que muito podem ajudar neste momento crítico e solidário. O acordo entre
empresas e trabalhadores valerá até o dia 31 de dezembro deste ano.
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