Embraer e EDP se unem na pesquisa do
avião elétrico
Acordo de cooperação visa
avançar em tecnologia de armazenamento de energia e recarga de baterias
para a aviação; protótipo tem primeiro voo previsto para 2021
20/11/2020 - 16h14
(Da assessoria da
Embraer)
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A Embraer e a EDP, empresa que atua em todos os segmentos do setor
elétrico brasileiro, firmaram parceria para a pesquisa do avião
elétrico. Por meio da divisão EDP Smart, a multinacional de origem
portuguesa anunciou um aporte financeiro para a aquisição da solução de
tecnologia de armazenamento de energia e recarga do avião demonstrador
de tecnologia de propulsão 100% elétrica, que utiliza um EMB-203 Ipanema
como plataforma de testes. O protótipo que já está em desenvolvimento
tem o primeiro voo previsto para 2021.
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Divulgação - Embraer |
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Embraer EMB-203 Ipanema, prefixo PR-ZXW.
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O investimento faz
parte do acordo de cooperação que as duas empresas assinaram para
avançar no conhecimento de tecnologias de armazenamento de energia e
recarga de baterias para a aviação, um dos principais desafios do
projeto.
A parceria vai permitir investigar a aplicabilidade de baterias de alta
tensão para o sistema de propulsão elétrico de um avião de pequeno
porte, além de avaliar suas principais características de operação, como
peso, eficiência e qualidade de energia, controle e gerenciamento
térmico, ciclagem de carregamento, descarregamento e segurança de
operação.
"O histórico de realização de parcerias estratégicas por meio de
mecanismos ágeis de cooperação faz da Embraer uma das empresas
brasileiras que mais estimula redes globais de conhecimento que permitem
um significativo aumento de competitividade do país", disse Luís Carlos
Affonso, vice-presidente de Engenharia e Estratégia Corporativa. "É uma
satisfação poder contar agora também com a EDP nessa frente de pesquisa
científica para a construção de um futuro sustentável. A inovação é um
dos pilares da nova estratégia da Embraer para os próximos anos",
complementou.
"A EDP tem como propósito liderar a transição energética para uma
economia de baixo carbono. A parceria com a Embraer no desenvolvimento
do seu primeiro avião demonstrador de tecnologia de propulsão 100%
elétrica representa uma nova fronteira do nosso investimento em
mobilidade elétrica, contribuindo para posicionar o Brasil como um
player de ponta neste mercado", afirmou Miguel Setas, presidente da EDP
no Brasil.
Cooperação tecnológica
A proposta de desenvolvimento tecnológico para eletrificação aeronáutica
foi inicialmente formalizada num sistema de cooperação entre Embraer e
WEG, em maio de 2019, e é um instrumento eficaz e eficiente para a
capacitação e maturação das tecnologias antes da aplicação em produtos
futuros.
Na parceria firmada com a EDP, o escopo é a pesquisa em torno do
armazenamento de energia de alta tensão, complementando os estudos que
já estão em andamento na Embraer. As parcerias, no âmbito de pesquisa e
desenvolvimento, buscam acelerar o conhecimento das tecnologias
necessárias à utilização e integração de baterias e motores elétricos
visando ao aumento da eficiência energética dos sistemas propulsivos das
aeronaves.
Para os ensaios está sendo utilizado como plataforma demonstradora um
avião de pequeno porte monomotor que realiza avaliação primária das
tecnologias de eletrificação. Os testes em solo têm ocorrido na Unidade
da Embraer em Botucatu, interior de São Paulo, em preparação para o
primeiro voo que acontecerá na unidade da Embraer em Gavião Peixoto
(SP).
O processo de eletrificação da aviação faz parte de um conjunto de
esforços realizados pela Embraer e outras empresas do setor aeronáutico
com vistas a atender compromissos de sustentabilidade ambiental, a
exemplo do que já vem sendo feito com biocombustíveis para redução de
emissões de carbono.
A EDP tem o compromisso global de eletrificar 100% de sua frota até
2030, assim como o de desenvolver novas ofertas e soluções comerciais
que promovam a transição energética. No ano passado, a companhia aprovou
em "Chamada Pública" da ANEEL sobre o tema Mobilidade Elétrica Eficiente
projetos que representam um investimento de cerca de R$ 50 milhões, via
Fundo de Pesquisa e Desenvolvimento, recursos próprios e de parceiros.
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