Azul anuncia lucro líquido de R$ 1,16 bi
no 2° trimestre
Dívida bruta subiu quase R$ 1 bilhão e chegou a R$ 20,4 bilhões
12/08/2021 -
11h33
(Valdemar Júnior)
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A Azul informou hoje, dia 12 de agosto, que teve lucro líquido de R$
1,16 bilhão no segundo trimestre deste ano. No mesmo período de 2020, no
auge da pandemia de Covid-19, a companhia havia registrado prejuízo
líquido de R$ 1,62 bilhão.
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Rodrigo Zanette - 16/08/2019 |
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Airbus A320-251N (SL), prefixo PR-YYD, da Azul taxiando no aeroporto de
Cumbica, em Guarulhos (SP).
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A receita operacional da Azul no período foi de R$ 1,7 bilhão, um
crescimento de quatro vezes em relação ao mesmo período de 2020, já o
custo operacional cresceu 72,1%, para R$ 2,1 bilhões, devido ao aumento
nas operações de voos.
A Azul registrou um ganho não-monetário com a valorização do Real em
relação ao Dólar de R$ 2,3 bilhão no segundo trimestre deste ano.
Já a dívida bruta da Azul subiu R$ 995,5 milhões no segundo trimestre de
2021 e chegou a R$ 20,4 bilhões, incluindo uma captação de R$ 3 bilhões.
No segundo trimestre deste ano, a posição de liquidez da Azul foi a
maior de sua história, com R$ 5,5 bilhões. Já a liquidez total,
incluindo aplicações financeiras e recebíveis, reservas de manutenção e
depósitos, atingiu R$ 8,2 bilhões, um aumento de 45,5% em relação ao
segundo trimestre de 2020.
Durante o segundo trimestre de 2021, a Azul continuou recuperando sua
malha, com 130 destinos atendidos em comparação a 116 antes da pandemia.
O PRASK registrou um crescimento de 14,6% comparado ao segundo trimestre
de 2020 e 4,2% comparado ao primeiro trimestre de 2021.
A Azul Cargo apresentou mais um recorde de receita. A receita líquida
cresceu 137,2% em comparação com o segundo trimestre de 2019 mesmo com a
queda de 33,2% nas decolagens, impulsionada pela forte demanda do
comércio eletrônico.
As despesas operacionais caíram 7,3% ou R$ 165,1 milhões em comparação
ao segundo trimestre de 2019, devido principalmente à menor capacidade e
iniciativas de redução de custo implantadas desde o início da pandemia.
Durante o segundo trimestre, a entrada de caixa operacional superou a
saída em mais de R$ 421,3 milhões. Em junho, a Azul concluiu com sucesso
a oferta pública de US$ 600 milhões em dívida não-colateralizada com uma
taxa de 7,375%.
Para a Azul, no fim do segundo trimestre, que foi impactado pela baixa
sazonalidade e pela segunda onda da pandemia de Covid-19, as tendências
de venda mais recentes são muito animadoras.
A empresa observou uma aceleração na recuperação da demanda,
impulsionando um aumento nas tarifas. "Nossas tarifas atuais tanto no
segmento corporativo como no lazer já ultrapassaram os níveis de 2019",
informou a Azul em um comunicado.
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