Credores pedem na justiça a falência da
Itapemirim
De acordo com o pedido, empresa não estaria cumprindo o plano de
recuperação judicial
02/12/2021 - 18h31
(Valdemar Júnior)
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Um grupo de credores da Itapemirim, que está em recuperação judicial
desde março de 2016, entrou hoje, dia 2 de dezembro, com um pedido de
falência de todas as empresas do grupo no Tribunal de Justiça de São
Paulo, argumentando que a Itapemirim está atrasando parcelas de
pagamentos e descumprindo o plano de recuperação judicial.
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Divulgação - ITA |
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Airbus A320-232,
prefixo PS-AAF, da ITA.
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No pedido, os
credores, entre eles o banco Bradesco e o Grupo JSL, também citam a
criação de uma companhia aérea, a ITA (Itapemirim Transportes Aéreos),
ao mesmo tempo em que a Itapemirim não paga suas dívidas como um dos
motivos para o Tribunal de Justiça decretar a falência de todas as
empresa do grupo.
Não há data para a análise deste pedido de falência da Itapemirim pelo
Tribunal de Justiça de São Paulo.
No primeiro semestre, o China Construction Bank Brasil também pediu à
justiça a falência da Itapemirim, além da destituição do presidente da
empresa, Sidnei Piva de Jesus, argumentando que a Itapemirim desvia
recursos da venda de ativos da Viação Itapemirim para para criar uma
companhia aérea sem a aprovação prévia dos credores (cerca de 30% desse
dinheiro estariam sendo aplicados na ITA e apenas 27% seriam usados para
o pagamento aos credores, descumprindo o plano de recuperação judicial).
O banco chinês também alega na justiça que a Itapemirim é deficitária e
pede para a justiça exigir de Piva o relacionamento de dívidas
extraconcursais, como não pagamento de impostos e com o próprio China
Construction Bank Brasil.
Já a Itapemirim entende que os credores que não concordam com o valor de
seus créditos só teriam direito a receber os valores devidos pela
empresa depois que as ações tiverem o trânsito em julgado (decisões
definitivas), alega que o plano de recuperação judicial prevê que após
12 meses da homologação não pecisaria usar os recursos com as vendas de
ativos para pagar seus credores, e informa que possui autorização para
criar uma companhia aérea.
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