Aeroporto de Congonhas vai contar com a
tecnologia EMAS
Tecnologia, desenvolvida nos EUA
e utilizada em diversos aeroportos do mundo, vai criar nova área de
escape, ampliando a segurança do aeroporto
29/01/2021 -
11h29
(Da assessoria da
Infraero)
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A pista principal do aeroporto de Congonhas, em São Paulo (SP), será a
primeira da América Latina a contar com a tecnologia EMAS (Engineered
Material Arresting System), estrutura que cria uma nova área de escape
com blocos de concreto que se deformam quando uma aeronave ultrapassa o
limite final da pista.
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Divulgação - ANAC |
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Aeroporto de Congonhas vai contar com a
tecnologia EMAS.
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O investimento de R$
122,5 milhões será feito pela Infraero, após licitação realizada no
final de 2020 e contrato publicado no Diário Oficial da União (DOU). O
consórcio vencedor do processo licitatório foi Kigab/Conserva, formado
pelas empresas Kibag Brasil, Conserva de Estradas e Kibag Airfield
Construction AG.
O EMAS é uma tecnologia que permite ampliar a segurança operacional em
aeroportos com limitações de espaço. Ela é utilizada para desacelerar
aeronaves que ultrapassam o final da pista por meio do esmagamento de
blocos de concreto.
"A profundidade do EMAS aumenta quanto mais se avança pela área coberta,
fornecendo um arrasto maior, trazendo ainda mais segurança para um
aeroporto estratégico para a aviação do País", explicou o presidente da
Infraero, Brigadeiro Paes de Barros.
Em Congonhas, a nova área de escape foi dimensionada para desacelerar
aeronaves em procedimento de pouso que vierem a ultrapassar os limites
da pista, conforme as normas da aviação civil do País.
O planejamento da Infraero prevê que a obra seja executada em 16 meses e
deixe a pista principal com duas novas áreas de escape, uma de 70m x 45m
na cabeceira 17R; e outra de 75m x 45m na cabeceira 35L. As duas
estruturas serão sustentadas por vigas e pilares capazes de suportar as
aeronaves e veículos.
O projeto prevê ainda obras complementares nas pistas de taxiamento nas
regiões próximas aos EMAS. Todas as intervenções serão alinhadas com as
autoridades locais, com o objetivo de ajustar o andamento da obra para
que ela ocorra em segurança, tanto para os operários quanto para as
pessoas que circulam pela região.
Planejamento sob medida
Para instalar o EMAS no aeroporto de Congonhas, a Infraero integrou um
grupo de trabalho com a ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) para
estudar e criar critérios do projeto, instalação e manutenção de
sistemas de desaceleração de aeronaves.
"Essa etapa foi necessária porque o Regulamento Brasileiro da Aviação
Civil (RBAC) 154, que estabelece as regras a serem adotadas no projeto
de aeródromos, não apresenta requisitos detalhados para implementação do
EMAS. Por isso, foram adotadas as premissas utilizadas nos Estados
Unidos para criar um modelo específico para Congonhas, que levou em
conta o espaço disponível no aeroporto", disse o superintendente de
Engenharia da Infraero, Giuliano Capucho.
O projeto também contou com a contribuição de técnicos da ABEAR
(Associação Brasileira das Empresas Aéreas) e do Ministério da
Infraestrutura, que fizeram os apontamentos necessários quanto aos
requisitos do empreendimento.
O EMAS é adotado em aeroportos da Europa, Ásia e Estados Unidos. A
tecnologia começou a ser desenvolvida na década de 1990, por meio de
pesquisas do Federal Aviation Administration (FAA), que conta com um
programa para melhorar as áreas de segurança ao final das pistas (Runway
End Safety Areas - RESAs) em aeroportos comerciais, como os de Nova York
(JFK e LaGuardia) e Boston. Desde então, as tecnologias evoluíram e
contam com certificação internacional de diversas autoridades de aviação
civil pelo mundo.
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