Aéreas brasileiras sofrem impacto de R$
678,7 mi no 4º tri
Pandemia segue gerando quedas
significativas nos resultados da indústria
14/06/2021 -
14h21
(Da assessoria da ANAC)
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Ainda sob impactos decorrentes da pandemia da COVID-19 no setor aéreo, o
4º trimestre de 2020 seguiu com retração de demanda das três principais
empresas aéreas do setor (LATAM Brasil, GOL e Azul) em relação ao mesmo
período do ano anterior. Juntas, as companhias tiveram retração de 47%
na oferta de voos.
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Rodrigo Zanette - 03/03/2019 |
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LATAM Brasil, GOL,
Azul e VOEPASS.
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No período, as
companhias tiveram prejuízo líquido de R$ 678,7 milhões, o que
corresponde a uma margem líquida negativa de R$ 12,5%, ante prejuízo
líquido de R$ 1 bilhão, registrado no mesmo período em 2019.
Em 2020, a receita com passagens representou 78,6% das receitas totais
das empresas, com um total de R$ 15,3 bilhões ante R$ 37,6 bilhões no
acumulado de 2019.
Os dados apresentados constam das demonstrações contábeis do 4º
trimestre das empresas aéreas brasileiras publicadas na página da ANAC.
Os números são apresentados pelas empresas brasileiras de transporte
aéreo público e divulgadas pela ANAC (Agência Nacional de Aviação
Civil), hoje, dia 14 de junho, como resultado consolidado do setor.
Fatores e contextos ocorridos no período
A pandemia provocada pelo novo Coronavírus gerou impactos significativos
nos resultados da indústria. Na comparação dos dados do mercado
doméstico do 4º trimestre de 2020 com o mesmo período de 2019, por
exemplo, houve redução de 36% na demanda por transporte aéreo (RPK), de
34,6% na oferta de transporte aéreo (ASK) e de 42,6% na quantidade de
passageiros pagos transportados.
As receitas de carga e mala postal também apresentaram redução no mesmo
período apurado, de 0,3%, passando de R$ 1,891 bilhão em 2019 para R$
1,886 bilhão em 2020.
Em decorrência da redução de voos operados no 4º trimestre do ano em
referência, houve uma queda de 30% dos custos e despesas operacionais do
transporte aéreo, que passou de R$ 42,5 bilhões em 2019 para R$ 29,7
bilhões em 2020. Destacam-se os custos com combustíveis, que
representaram 29,1% em 2019 e, em 2020, passaram a representar 18,9%.
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