GOL anuncia prejuízo de R$ 884,6
milhões no 3° trimestre
Decolagens cresceram 87,3% no terceiro trimestre, atingindo 53% dos
níveis pré-pandêmicos em 2019
09/11/2021 - 8h49
(Da assessoria da GOL)
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A GOL anunciou hoje, dia 9 de novembro, que teve prejuízo líquido de R$
884,6 milhões no terceiro trimestre, excluindo perdas com variação
cambial líquida de R$ 1,485 bilhão e outros itens.
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Rodrigo Zanette - 02/03/2019 |
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Boeing 737 MAX 8, prefixo PR-XMA, da GOL, decolando do aeroporto de
Cumbica, em Guarulhos (SP).
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O
número de Passageiro-Quilômetro Transportado Pago (RPK) aumentou 87,5%
comparativamente ao 3T20, totalizando 5,9 bilhões (-46,6% vs. 3T19).
O Assento Quilômetro Ofertado (ASK) aumentou 82,4% em relação ao 3T20
(-45,7% vs. 3T19).
A GOL transportou 4,9 milhões de passageiros no terceiro trimestre, um
aumento de 91,7% versus o 3T20 (-48,5% vs. 3T19).
A receita líquida foi de cerca de R﹩1,9 bilhão, um aumento de 96,4% em
relação ao 3T20 (-49,5% vs. 3T19). As outras receitas (principalmente
cargas e fidelidade) totalizaram R﹩147 milhões, equivalente a 8% das
receitas totais.
A Receita Líquida por Assento Quilômetro Ofertado (RASK) foi de 26,31
centavos (R﹩), aumento de 7,7% em relação ao 3T20. A Receita de
Passageiros Líquida por Assento Quilômetro Ofertado (PRASK) foi 24,28
centavos (R﹩), aumento de 10,3% em relação ao 3T20.
O Custo por Assento Quilômetro Ofertado (CASK) foi de 36,64 centavos
(R﹩), 15,9% menor em comparação ao mesmo período do ano anterior. Os
custos incorridos estritamente relacionados aos voos operados (CASK
ajustado) corresponderam a 21,66 centavos (R﹩), um aumento de 6,3%.
O EBIT ajustado foi de 338,1 milhões, correspondendo a uma margem de
17,7%, o que demonstra o restabelecimento das margens operacionais
necessárias para suportar o crescimento da operação. O EBITDA ajustado
atingiu 464,7 milhões, com margem de 24,3% evidenciando os bem-sucedidos
esforços de sustentabilidade, com equilíbrio entre oferta e demanda.
O prejuízo líquido após participação de minoritários foi de R﹩ 0,9
bilhão, excluindo variações cambiais e monetárias, despesas líquidas não
recorrentes, ganhos relacionados a Exchangeable Notes e resultados não
realizados de capped calls.
Yield médio por passageiro de 29,8 centavos (R﹩), aumento de 7,3% em
comparação ao 3T20, principalmente em função da otimização dos assentos
ofertado e com potencial de contínua melhoria com a retomada dos
passageiros corporativos no 4T21.
Taxa de ocupação média de 81,5%, um aumento de 2,2 p.p. em relação ao
3T20, principalmente em decorrência da prudente gestão de oferta,
adicionando capacidade em equilíbrio com os sinais da demanda e as
ferramentas de data analytics proprietária da GOL.
Utilização de aeronaves de 10,2 horas/dia, uma evolução de 52,2% em
relação ao 3T20, consistente com a estratégia da companhia de adicionar
capacidade conforme os sinais da demanda.
Pontualidade de 96%, uma redução de 1,0 p.p. em comparação com o 3T20,
de acordo com a Infraero e dados fornecidos pelos principais aeroportos;
e eração de Caixa Operacional de BRL 2 MM/dia, incluindo entradas e
saídas operacionais, pagamentos de arrendamento e serviço de dívida de
capital de giro.
Ao final do trimestre, incluindo os valores financiáveis de depósitos e
ativos não onerados, as fontes potenciais de liquidez da companhia eram
de aproximadamente R﹩ 6,1 bilhões de liquidez acessível.
A GOL espera encerrar o 4T21 com R﹩3,8 bilhões em liquidez, considerando
caixa, contas a receber e depósitos. A dívida líquida ajustada deverá
ser da ordem de R$ 15,8 bilhões em 31/12/21.
A GOL seguirá adotando uma postura conservadora para ajustar a sua malha
aérea, objetivando manter seus altos índices de ocupação e
rentabilidade. A capacidade planejada para o 4T21 da GOL apresenta
aumento de 29% sobre 4T20. Para adequar as operações aos patamares
atuais de vendas e demanda, a GOL terá no final do período 102 aeronaves
em sua malha, que representará 112% da frota média operada no 4T20 e 36%
maior em relação ao 3T21.
A GOL acelerou a transformação de sua frota ao firmar acordos para 28
aeronaves adicionais Boeing 737 MAX 8, que substituirão 23 737-800 até o
final de 2022. Isso reduzirá os custos unitários da companhia em 8% em
2022. Atualmente a frota da GOL consiste em 129 Boeing 737 sendo 91
737-800, 23 737-700 e 15 737 MAX 8.
Pelos novos contratos, a empresa encerrará 2021 com 28 Boeing 737 MAX 8
(20% da frota total). Ao final de 2022, a GOL espera ter 44 Boeing 737
MAX 8 (32% da frota total). Com os compromissos atuais de compra, a
companhia cumprirá sua meta de possuir 75% de sua frota em aeronaves 737
MAX até 2030.
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