LATAM quer utilizar 5% de combustível
sustentável até 2030
Desenvolvimento do combustível sustentável é fundamental na estratégia
de sustentabilidade da LATAM para cumprir as suas metas de neutralizar
50% das emissões domésticas até 2030 e ser carbono neutro até 2050
06/04/2022 -
15h30
(Da assessoria da LATAM)
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Com um apelo para acelerar os esforços para gerar as condições
necessárias para uma aviação comercial mais sustentável, o CEO do LATAM
Airlines Group, Roberto Alvo, tornou pública a aspiração do grupo de
incorporar o SAF (Sustainable Aviation Fuel, ou Combustível de Aviação
Sustentável, em português) em sua operação, privilegiando a produção
gerada na América do Sul.
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Rodrigo Zanette - 03/02/2019 |
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Airbus A320-214 (SL), prefixo
PR-TYF, da LATAM Airlines
Brasil, decolando no
aeroporto de Cumbica, em
Guarulhos (SP).
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Isso faz parte da estratégia de
sustentabilidade do grupo, que busca um crescimento neutro em carbono,
neutralizando 50% das emissões domésticas até 2030 e alcançando a
neutralidade de carbono até 2050.
"A América do Sul tem potencial para ser um líder mundial na produção de
combustíveis sustentáveis e, com isso, contribuir de forma muito
significativa para as ações climáticas. Para isso, é necessário que os
atores públicos e privados, assim como a LATAM, colaborem e desempenhem
o seu papel e ousem liderar a transição energética que o mundo exige.
Com este anúncio, o grupo está dando um sinal claro ao mercado do real
interesse em comprar combustíveis SAF no continente", afirmou Roberto
Alvo, CEO LATAM Airlines Group durante o evento Wings of Change,
organizado pela IATA (International Air Transport Association, ou
Associação Internacional de Transporte Aéreo, em português) nos dias 6 e
7 de abril, em Santiago, no Chile.
O executivo destacou o potencial de desenvolvimento do SAF no continente
devido aos seus recursos naturais e a sua riqueza em energias
renováveis. No entanto, é atualmente um mercado imaturo e com pouca
oferta, que ainda não tem as condições propícias para desenvolver o seu
potencial, incluindo regimes regulatórios específicos, promoção da
tecnologia e inovação, apoio à produção e à cadeia logística, mecanismos
para diminuição dos custos, entre outros fatores.
Atualmente, os elevados custos de produção e a imaturidade do mercado
impõem grandes desafios quando se pensa no uso em massa desse tipo de
combustível. Nesse sentido, o CEO da LATAM fez um chamado às autoridades
governamentais, empresas privadas, universidades e o restante das
companhias aéreas a colaborar no tema, para gerar incentivos que
permitam expandir a produção, a utilização e a massificação do SAF na
América do Sul como forma de encontrar soluções para a emergência
climática.
O que é o SAF?
É um tipo de combustível alternativo, produzido a partir de
matérias-primas renováveis ou derivadas de resíduos que atendem a
critérios de sustentabilidade. A variedade de matérias-primas é ampla,
podendo ser óleos de cozinha, gorduras, resíduos urbanos e resíduos
agrícolas, entre outros.
Além disso, existem outras alternativas, como o hidrogênio verde, que
também pode ser usado para produzir o SAF, embora, no momento, não seja
comercialmente viável para esse fim devido ao seu alto custo e baixo
volume de produção.
Segundo dados da IATA, o SAF proporciona uma redução de emissões de até
80% em relação aos combustíveis tradicionais, e se apresenta como a
ferramenta mais viável para contribuir com o transporte de massa
sustentável.
A América do Sul reúne condições imbatíveis em termos de disponibilidade
de recursos e matérias-primas sustentáveis para desenvolver esse tipo de
combustível sustentável.
Segundo dados da WWF, por exemplo, o Brasil tem potencial para produzir
até 9 bilhões de litros de SAF, provenientes de diversas fontes, como
resíduos da agricultura e da indústria madeireira, e até 2030 a oferta
mundial será de 6,5 bilhões de galões, dos quais 2,3 bilhões de galões
(cerca de 35%) virão desse mercado.
No longo prazo, espera-se também poder impulsionar aeronaves usando
hidrogênio verde como fonte direta de energia; no entanto, essa
tecnologia ainda está em desenvolvimento e exigirá modificações nas
atuais aeronaves.
A LATAM e a sua estratégia de sustentabilidade
Em maio de 2021, o grupo LATAM apresentou a sua estratégia de
sustentabilidade baseada em três frentes (Mudanças Climáticas, Economia
Circular e Valor Compartilhado), destacando o seu compromisso com a
proteção dos ecossistemas estratégicos da América do Sul para ser um
grupo zero resíduos para aterro até 2027, além de compensar 50% das suas
emissões domésticas até 2030 e ser carbono neutro até 2050.
As linhas de ação da estratégia foram desenhadas em colaboração com
especialistas e organizações ambientais de todo o continente.
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