Administradora questiona venda da ITA na Justiça
Juiz responsável pelo processo de recuperação judicial da empresa não
foi informado sobre a negociação, segundo a EXM Partners
18/04/2022 -12h38
(Valdemar Júnior)
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Segundo a Folha de S. Paulo, a EXM Partners, responsável pelo processo
de recuperação judicial da ITA (Itapemirim Transportes Aéreos), está
questionando na Justiça a venda da empresa para a Baufaker Consulting,
anunciada pelo presidente da empresa, Adalberto Bogsan, no dia 13 de
abril, por não ter sido comunicada ao juiz esponsável pelo caso,
contariando a legislação.
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Divulgação -
ITA |
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Airbus A320-232, prefixo PS-AAF, da ITA.
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Em uma petição, segundo a Folha de S.
Paulo, a EXM Partners pede para oficiar a Jucesp (Junta Comercial do
Estado de São Paulo) para que seja impedida a venda da ITA, além de
deixar claro que este tipo de operação não pode ser feita sem a
fiscalização da administradora, que pede, ainda, que a ITA envie à
Justiça uma cópia do contrato de venda para a Baufaker Consulting.
De acordo com a notícia, a EXM Partners informa que que a ITA recebeu
mais de R$ 34 milhões sem demonstração de transparência desses
aportes e quer saber quando e de que forma a Viação Itapemirim
será ressarcida desses valores.
Segundo o Eastadão, a sede da Baufaker Consulting não tem nenhuma placa
identifiando a empresa. Trata-se de uma sala comercial onde são
oferecidos serviços de segurança eletrônica, cercas elétricas e alarmes
residenciais.
De acordo com a matéria do Estadão, que esteve no local no dia 14 de
abril, a diretora da empresa de consultoria, Areta Honda Baufaker, não
frequenta o local, tanto que não é conhecida por pessoas que trabalham
em salas comerciais vizinhas, que afirmam que, apesar de nunca terem
visto ou conhecerem a mulher, correspondências chegam no nome dela.
Registrada em 3 de novembro de 2008 com a razão social Baufaker
Consulting Finances e Representações Comerciais Ltda, a empresa está
registrada na Receita Federal com o nome fantasia BCBank, possui
endereço na Sala 111 de uma empresa de coworking de Taguatinga (DF), e
tem como principal atividade consultoria em gestão empresarial, exceto
consultoria técnica específica, além de diversas atividades secundárias,
nenhuma delas ligada à aviação.
Segundo o Valor Econômico, Galeb foi preso temporariamente em 2017 por
venda ilegal de terrenos em áreas protegidas. Ele diz que o problema que
o levou à prisão foi criado por um diretor da empresa. Galeb enfrenta
dezenas de processos de execução fiscal na Justiça.
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