FAB assina contrato para aquisição de
dois Airbus A330-200
Preenchendo uma lacuna operacional existente há nove anos, as aeronaves
cumprirão missões estratégicas, tais como REVO (Reabastecimento em Voo),
Apoio Logístico, Ações Humanitárias e EVAM (Evacuação Aeromédica)
18/04/2022 - 20h30
(Da assessoria da FAB)
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A FAB (Força Aérea Brasileira) assinou hoje, dia 18 de abril, o contrato
referente à aquisição de duas aeronaves modelo A330-200, compatíveis com
a versão militar A330 MRTT (Multi-Role Tanker Transport).
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Divulgação - FAB |
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Imagem mostra o futuro A330 MRTT da FAB abastecendo dois Saab F-39
Gripen em voo.
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A empresa Azul S.A. foi declarada
vencedora por atender a todos os requisitos do certame, apresentando uma
oferta no valor global de aproximadamente US$ 80 milhões, o equivalente
a R$ 375 milhões, na cotação atual. O processo foi encerrado no último
dia 7 de abril.
A empresa aérea apresentou as aeronaves de número de série
1492, que a Azul adquiriu da
Avianca Brasil e operou com o prefixo
PR-AIS entre 22 de julho de 2019
e 13 de março de 2020, e
1508, que voou na Avianca Brasil
entre 17 de julho de 2017 e 1° de março de 2019 com a matrícula
PR-OCK, e foi adquirida no
mercado internacional e ofertada para a licitação.
A aquisição tem como objetivo suprir as carências operacionais da FAB em
ações estratégicas, como REVO (Reabastecimento em Voo), Transporte Aéreo
Logístico (de cargas e passageiros) e Ajuda Humanitária.
Em situações de calamidade pública, como desastres naturais, pandemias
ou emergências médicas, o avião pode, também, realizar missões de EVAM
(Evacuação Aeromédica) de grande número de pacientes.
Conforme previsto no edital, a primeira aeronave deverá ser entregue em
até 90 dias e a segunda em até 150 dias, contados a partir da assinatura
do contrato.
Ambas, que já estão com suas matrículas definidas (FAB 2901 e FAB 2902),
receberão o designativo KC-30 e serão operadas pelo 2º/2º GT (Segundo
Esquadrão do Segundo Grupo de Transporte) - Esquadrão Corsário, sediado
na BAGL (Base Aérea do Galeão), no Rio de Janeiro.
Em toda a sua história, a FAB teve somente um vetor capaz de cumprir
esta variedade de missões estratégicas: o Boeing KC-137, que voou pela
última vez em 2013.
Hoje, as maiores aeronaves da FAB são os KC-390 Millennium, que têm um
papel importante nas missões de transporte aéreo de carga e pessoal,
lançamento de paraquedistas, assalto aeroterrestre, dentre outras, em um
cenário tático.
Com a nova aquisição, a FAB une as possibilidades do KC-390 às
características de emprego estratégico do KC-30, resultando em um
significativo incremento em sua operacionalidade.
Sendo o Brasil um país de dimensões continentais, torna-se imperativo
possuir a capacidade de desdobrar seus meios aéreos, tropas e
equipamentos para qualquer lugar, a qualquer hora.
Uma aeronave estratégica, carregada com cerca de 110 toneladas de
combustível, é um fator multiplicador de capacidades de qualquer força
aérea, pela possibilidade de apoiar uma grande quantidade de aeronaves
de caça, em suas missões de emprego. Além disso, as demais
características da aeronave são essenciais para cumprir missões de
logística e de transporte.
Diversos países já operam o A330 MRTT, como França, Reino Unido e
Austrália, eentre outros.
A negociação com a empresa Airbus para conversão das aeronaves
comerciais em plataformas MRTT será iniciada nas próximas semanas para
que a primeira aeronave com esta configuração entre em operação em 2024.
Vetor multimissão
Um vetor multimissão estratégico de transporte e REVO se caracteriza por
ser capaz de transportar passageiros, em uma cabine comercial
convencional, e um grande volume de carga nos porões, em voos de longo
curso.
A mesma cabine pode ser reconfigurada rapidamente para cumprir missões
de evacuação aeromédica, ou seja, moldar-se de acordo com as
necessidades operacionais, com grande flexibilidade.
Assim, com a junção das potencialidades das duas aeronaves, a Força
Aérea Brasileira realiza um salto operacional extraordinário na Aviação
de Transporte e garante, ainda mais efetivamente, a manutenção da
soberania do espaço aéreo e integração do território nacional, com
vistas à defesa da pátria.
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