Petrobras anuncia reajuste de 11,4% no
preço do QAV
De 1º de janeiro a 1º de
junho, o combustível dos aviões acumula alta de 64,3%
02/06/2022 -
14h44
(Da assessoria da ABEAR)
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A Petrobras anunciou reajuste de 11,4% no preço do QAV (querosene de
aviação), em relação a maio, segundo dados da empresa compilados pela
ABEAR (Associação Brasileira das Empresas Aéreas). De 1º de janeiro a 1º
de junho, o combustível dos aviões acumula alta de 64,3%.
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Rodrigo Zanette - 07/08/2014 |
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Caminhão da BR
Aviation abastece avião no
aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (SP). Sem
concorrência, contando com apenas uma empresa estatal para fornecer
combustível de aviação, brasileiros pagam preço estipulado pela
Petrobras pelos combustíveis derivados do petróleo.
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Historicamente, o QAV é o item de maior
peso para a aviação, pois responde por mais de um terço dos custos
totais das companhias aéreas.
"Esses dados comprovam a pressão diária que as empresas enfrentam com a
alta dos custos estruturais, especialmente o preço do QAV, que tem sido
impactado pela alta da cotação do barril de petróleo no mercado
internacional, por causa da guerra na Ucrânia. A valorização do Dólar em
relação ao Real também é um desafio cotidiano, já que metade dos custos
do setor são dolarizados", afirma o presidente da ABEAR, Eduardo
Sanovicz.
A ABEAR destaca que o preço de uma passagem aérea tem relação direta com
os custos das companhias. No Brasil, o preço do QAV chega a ser 40%
superior em comparação com a média global. Contribui para essa distorção
a precificação do combustível, que cobra em dólares um insumo cujo nível
de produção nacional é superior a 90%. Em 2021, o país produziu 93% (ou
4,1 bilhões do consumo total de 4,4 bilhões de metros cúbicos) do QAV
consumido e importou apenas 7%, segundo dados da ANP (Agência Nacional
do Petróleo, Gás Natural e Bicombustíveis). Portanto, não faz sentido a
parcela produzida no Brasil ser precificada pelos mesmos critérios do
insumo importado.
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