Tenente Fontoura faz primeiro voo solo
na Esquadrilha
Após concluir o curso de
Piloto Operacional de Demonstração Aérea, o aviador fez seu primeiro
treino de demonstrações sem instrutor
07/06/2022 -
18h03
(Da assessoria do EDA)
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O tenente aviador André Mayer Fontoura concluiu o curso de Piloto
Operacional de Demonstração Aérea, pela Esquadrilha da Fumaça, e está
apto a realizar demonstrações pelo Brasil afora e até mesmo no exterior.
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Divulgação - EDA |
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Tenente Fontoura,
porto-alegrense de 31 anos que integrou o EDA em 2021, recebendo o
cachecol de piloto da Esquadrilha da Fumaça.
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Após ter sido interceptado em dezembro de 2021, pelos aviões da
Esquadrilha da Fumaça, enquanto fazia um voo como instrutor do 1º EIA
(Esquadrão de Instrução Aérea), na AFA (Academia da Força Aérea), em
Pirassununga (SP), ele teve que cumprir 80 missões de treinamento,
sempre com um instrutor na aeronave, com o objetivo de aprender os
conceitos de acrobacias a baixa altura e da doutrina do voo no EDA
(Esquadrão de Demonstração Aérea).
"Os voos de instrução são gradativos, a princípio, foram 20 missões para
a adaptação à técnica de voo de dorso, depois são 50 missões relativas
ao voo dedicado à posição a qual o piloto vai ocupar na formação da
esquadrilha, no caso do tenente Fontoura, a posição #2. A progressão se
estende também para o número de aviões: os primeiros voos são com dois
aviões, depois voa com o quatrilho, em seguida seis e por último sete
aviões", explica o capitão aviador Rafael Magri Grothe, piloto número #2
e um dos instrutores do curso de
Piloto Operacional de Demonstração Aérea
do tenente Fontoura.
Com mais de 1.700 horas de voo, o piloto de caça formado pelo Esquadrão
Joker, teve que se especializar na manobra que leva a identidade da
Esquadrilha da Fumaça, o voo de dorso.
"Voar de ponta cabeça não é uma tarefa fácil. Na AFA a gente faz voos de
dorso, mas não se compara com o que temos de fazer na Fumaça. É muito
específico, tem de reaprender do zero, mesmo com experiência. Tem de
aprender a fazer curva e o próprio desconforto do voo invertido é um
desafio", afirma Fontoura.
E, para o primeiro voo solo do piloto em um treinamento oficial, sem
instrutor a bordo, como Ala Direita da Esquadrilha da Fumaça (piloto
#2), voando com os sete aviões e realizando todas as acrobacias
pertinentes a sua posição em uma demonstração, a recepção tem que ser
calorosa, como de costume.
O esquadrão todo à frente da "casa de pista" do hangar, amigos e
familiares para ver a saída e, principalmente, a chegada do mais novo
integrante formado para receber o cobiçado cachecol de piloto da
Esquadrilha da Fumaça e, não menos importante, o tão esperado banho que
batiza o integrante.
"É muita emoção, é a adrenalina que a gente guarda para este momento,
pois, durante o voo solo a gente se concentra bastante e não deixa a
adrenalina tomar conta, mas quando a gente pousa os aviões, solta a
fumaça em solo e corta os motores, é hora de curtir o momento. Graças a
Deus formado e pronto para cumprir as missões", concluiu o fumaceiro
recém-formado.
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