Companhias acumularam prejuízo de R$ 20
bilhões em 2021
Dados divulgados pela ANAC
detalham o resultado contábil das empresas nacionais
29/06/2022 -
18h39
(Da assessoria da ANAC)
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O relatório econômico das três principais empresas aéreas brasileiras
(LATAM, GOL e Azul), divulgado hoje, dia 29 de junho, pela ANAC (Agência
Nacional de Aviação Civil), mostra que, juntas, as companhias
apresentaram prejuízo líquido de R$ 4,4 bilhões no quarto trimestre de
2021, com margem líquida de -39,1%.
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Rodrigo Zanette - 03/03/2019 |
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LATAM, GOL e Azul são as três maiores companhias aéreas brasileiras.
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No mesmo período do ano anterior, o
resultado foi de R$ 678 milhões e margem líquida de -12,49%.
No acumulado do ano, as principais companhias aéreas brasileiras
acumularam prejuízo líquido de R$ 15,19 bilhões.
Esse valor foi 25,3% menor na comparação com os dados apurados no mesmo
período de 2020, quando a soma do ano ficou em R$ 20,3 bilhões.
Nos 12 meses do ano passado, a margem líquida acumulada foi de -100%.
Entre as aéreas, a GOL foi a única a apresentar lucro bruto negativo no
último trimestre de 2021, no valor de 957,6 milhões. Na prática, o
resultado aponta que as receitas diretamente ligadas à sua operação não
foram suficientes para cobrir seus custos.
No último trimestre do ano passado, a Azul obteve lucro bruto de R$ 918
milhões, e a LATAM, de R$ 759 milhões.
As receitas de serviços aéreos das três companhias aumentaram 116,20% em
relação ao 4º trimestre de 2020. Por outro lado, os custos e despesas
operacionais aumentaram 98,17%. A receita de passagens aumentou 127,37%
e representou 82,36% do total das receitas de serviços aéreos.
As receitas com Carga e Mala Postal, por sua vez, aumentaram em 14,39% e
representaram 5,74% do total.
Entre os custos e as despesas, o maior valor verificado no 4º trimestre
foi referente ao de combustíveis e lubrificantes (29,13%), seguido de
seguros, arrendamentos e manutenção (24,4%) e custo com pessoal
(11,52%).
Cenário do setor aéreo
Os resultados aferidos no relatório econômico das companhias mostram que
o setor aéreo permaneceu sob forte impacto da pandemia de Covid-19.
Embora os dados de demanda de passageiros pagos transportados e a oferta
de assentos no mercado doméstico tenham registrado alta de 40,4% e
39,6%, respectivamente, em 2021 frente aos números de 2020, na
comparação com o acumulado de 2019, ambos os indicadores apresentaram
retração, de 27,8% e 25,8%, respectivamente.
Fatores que impactaram o mercado aéreo
No 4º trimestre de 2021, a taxa de câmbio foi 3,4% maior em relação ao
mesmo período de 2020. O preço do combustível (QAV) também apresentou
variação positiva, nesse caso, o aumento foi de 82,5% na média
trimestral. Os combustíveis e lubrificantes representaram 30% dos custos
dos serviços aéreos públicos.
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