Petrobras reajusta em 6,7% o preço do
querosene de aviação
De 1º de janeiro a 1º de maio, a alta chega a 48,7%, segundo dados da
Petrobras compilados pela ABEAR (Associação Brasileira das Empresas
Aéreas)
02/05/2022 - 14h30
(Da assessoria da ABEAR)
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A guerra na Ucrânia continua impactando negativamente os custos
estruturais das companhias aéreas, com a pressão do preço do barril de
petróleo sobre o QAV (querosene de aviação). Ontem, dia 1° de maio, a
Petrobras anunciou mais um reajuste, desta vez de 6,7% no preço do QAV
em relação ao mês anterior.
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Rodrigo Zanette - 07/08/2014 |
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Caminhão da BR Aviation abastece avião no
aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (SP). Sem
concorrência, contando com uma empresa estatal para fornecer combustível
de aviação, brasileiros pagam preço estipulado pela Petrobras pelos
combustíveis derivados do petróleo
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De 1º de janeiro a 1º de maio, a alta chega a 48,7%, segundo dados da
Petrobras compilados pela ABEAR (Associação Brasileira das Empresas
Aéreas). Somente no ano passado, o valor do QAV acumulou aumento de 92%.
"Mais uma vez o reajuste anunciado pela Petrobras comprova como as
companhias aéreas enfrentam diariamente a a alta dos custos estruturais,
sobretudo com o atual cenário de guerra na Ucrânia que traz muita
pressão para o preço do barril de petróleo e para a cotação do Dólar. O
setor permanece sendo resiliente, mas a atual conjuntura traz muita
dificuldade para podermos obter uma recuperação vigorosa diante da crise
gerada pela pandemia do novo coronavírus", afirma o presidente da ABEAR,
Eduardo Sanovicz.
Historicamente, o QAV é o item de maior ineficiência econômica para as
companhias aéreas brasileiras e responde por mais de um terço dos custos
do setor, que por sua vez têm uma parcela de mais de 50% indexada ao
Dólar. A cotação da moeda norte-americana está atualmente em torno de R$
5,1, sendo que o câmbio fechou o ano de 2017 em torno em R$ 3,19.
O Brasil é o único país do mundo que tem um tributo regional sobre o
QAV, o ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). Já as
empresas estrangeiras não pagam esse imposto para abastecer em
território nacional. É por isso que uma viagem internacional muitas
vezes é mais barata do que um voo doméstico, considerando-se distâncias
similares.
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