Embraer lucrou R$ 11,1 milhões no
quarto trimestre de 2021
Em 2021, empresa apresentou prejuízo líquido de R$ 274,8 milhões e
prejuízo por ação de R$ 0,37
09/03/2022 - 19h49
(Da assessoria da Embraer)
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A Embraer anunciou hoje, dia 9 de março, que registrou lucro líquido de
R$ 11,1 milhões e lucro por ação de R$ 0,02 no quarto trimestre de 2021,
comparados ao prejuízo líquido de R$ 7,7 milhões e o prejuízo por ação
de R$ 0,01 registrados no quarto trimestre de 2020.
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Divulgação - Embraer |
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Embraer 195-E2.
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Em
2021, a empresa apresentou prejuízo líquido de R$ 274,8 milhões e
prejuízo por ação de R$ 0,37.
A Embraer registrou receita líquida consolidada de R$ 22,7 bilhões (US$
4,2 bilhões) em 2021, um aumento de 15% na comparação com 2020. A
receita líquida encerrou o ano dentro do guidance de US$ 4,0 a US$ 4,5
bilhões.
O setor de aviação comercial reportou um crescimento de receita de 23%
no ano, para R$ 7.132,6 milhões devido ao aumento nas entregas do
Embraer 195-E2, bem como pelos preços mais altos. A família de E-Jets E2
(especialmente o Embraer 195-E2) representou 44% das entregas em 2021,
em comparação aos 25% do total de entregas em 2020.
A aviação executiva alcançou receita de R$ 6.125,5 milhões em 2021,
crescimento de 9% no ano, impulsionada pelo aumento das entregas e
preços mais altos.
Já a área de Defesa & Segurança reportou uma queda de receita de 8% para
R$ 3.176,1 milhões, tendo sido impactada principalmente pela negociação
junto à FAB (Força Aérea Brasileira) em relação ao contrato do KC-390,
no qual o número de aeronaves a serem entregues foi reduzido de 28 para
22 unidades, com entregas previstas até 2034. O resultado da negociação
gerou uma redução de US$ 526 milhões no backlog e uma redução de US$ 43
milhões na receita líquida em 2021, sem nenhum efeito imediato no caixa.
No setor de Serviços & Suporte houve sólida recuperação com receita
reportada de R$ 6.104,6 milhões, representando crescimento anual de 29%.
Tal recuperação deve se estender à medida que as operações das
companhias aéreas continuem a se recuperar do pico da pandemia em 2020.
A margem bruta consolidada de 15,0% reportada no quarto trimestre de
2021, incluindo o impacto do acordo com a FAB, aumentou em relação aos
12,1% reportados no quarto trimestre de 2020, principalmente nos
segmentos de aviação executiva e Serviços & Suporte.
A margem bruta da aviação comercial foi impactada negativamente pelo
nível de entregas ainda em recuperação. No acumulado do ano, a margem
bruta foi de 15,6% em 2021 versus a margem de 12,3% reportada em 2020,
com crescimento em todos os segmentos, especialmente na aviação
executiva e em Serviços & Suporte.
Em 2021, os resultados reportados pela empresa incluem itens especiais
que representam um impacto total positivo de R$ 163,6 milhões, assim
dividido: R$ 66,9 milhões de despesas com reestruturação; R$ 318,6
milhões de reversão de impairment na aviação executiva, que impactou
positivamente os resultados;R$ 254,8 milhões de impairment de ativos
mantidos para venda, especificamente a unidade de Évora em Portugal; R$
29,9 milhões em gastos relacionados à combinação de negócios entre a Eve
e a Zanite Acquisition Corp.; e R$ 196,6 milhões em variações positivas
no valor da participação da Embraer na Republic Airways Holdings.
Excluindo-se esses itens especiais, o EBIT ajustado e a margem EBIT
ajustada do quarto trimestre de 2021 foram de R$ 326,1 milhões e 4,5%,
respectivamente, comparados aos R$ 406,8 milhões e 4,1% reportados no
quarto trimestre de 2020.
O EBIT ajustado noquarto trimestre de 2021 foi impactado pela despesa de
R$ 49,9 milhões decorrente do Programa One Embraer que visa a
reintegração do negócio de aviação comercial e seus serviços
relacionados, em conexão com a parceria estratégica, agora encerrada,
com a Boeing.
Em 2021, o EBIT ajustado, excluindo-se o impacto dos itens especiais
mencionados anteriormente foi de R$ 891,1 milhões, gerando uma margem
EBIT ajustada de 3,9%. Isso se compara ao EBIT ajustado de R$ (523,7)
milhões e a margem EBIT ajustada de -2,7% gerados em 2020.
O EBIT ajustado mais alto em 2021 foi impulsionado principalmente pelo
aumento da rentabilidade nos segmentos de aviação executiva, Serviços &
Suporte e aviação comercial, beneficiados por maiores receitas que
impulsionam uma melhor eficiência empresarial, melhor absorção de custos
fixos e maior margem bruta.
A Embraer encerrou o quarto trimestre de 2021 com uma posição de dívida
líquida de R$ 7.768,6 milhões, em comparação à dívida líquida de R$
9.810,8 milhões ao final do terceiro trimestre de 2021 e de R$ 8.811,5
milhões ao final do quarto trimestre de 2020.
Essa queda na posição de dívida líquida do 3T21 para o quarto trimestre
de 2021 foi resultado da geração significativa de fluxo de caixa livre
no trimestre, conforme explicado mais abaixo. No trimestre, a posição de
caixa subiu para R$ 14,7 bilhões, e contou com o pagamento de dívidas de
curto prazo.
No final do quarto trimestre de 2021, a maturidade do endividamento caiu
de 3,8 anos para 3,7 anos. O custo da dívida em Dólar, ao final do
quarto trimestre de 2021 ficou em 5,08% a.a., e em linha com os 4,99%
a.a. do final do terceiro trimestre de 2021. Já o custo da dívida em
Reais subiu para 5,04% a.a. no terceiro trimestre de 2021, em comparação
aos 3,44% ao final do terceiro trimestre de 2021.
A empresa continua sua gestão futura dos passivos e lançou um cash
tender de US$ 300 milhões para recomprar títulos em circulação, o que
aumentou a maturidade do endividamento para acima de quatro anos agora
em fevereiro de 2022.
A geração de fluxo de caixa livre ajustado em 2021 foi de R$ 1.677,1
milhões, o que representou um aumento significativo em comparação ao uso
de R$ (4.757,8) milhões em 2020, principalmente em função do forte
impacto causado pela pandemia de Covid-19 em 2020 e à melhora em 2021 do
resultado líquido e a disciplina contínua com relação ao capital de
giro, em particular os estoques, além dos adiantamentos de clientes.
As Adições líquidas ao imobilizado totalizaram R$ 168,1 milhões no
quarto trimestre de 2021, em comparação aos R$ 72,0 milhões reportados
no quarto trimestre de 2020. Do total de adições líquidas ao imobilizado
no quarto trimestre de 2021, o Capex representou R$ 94,7 milhões e as
adições do programa Pool de peças de reposição representaram R$ 85,1
milhões, parcialmente compensados pela baixa de imobilizado que foi de
R$ (11,7) milhões.
As adições ao intangível no quarto trimestre de 2021 foram de R$ 391,2
milhões e estão relacionadas principalmente ao desenvolvimento do
programa dos E-Jets E2, da aviação comercial. Em 2021, a Embraer
investiu o total de R$ 530,2 milhões em adições líquidas ao imobilizado
e R$ 1.139,5 em Pesquisa & Desenvolvimento.
O capital de giro teve variação positiva no fluxo de caixa com os
estoques em patamar historicamente baixo e aumento de fornecedores
devido ao crescimento da carteira de pedidos, o que leva a maiores
passivos de contrato.
A redução do imobilizado deve-se à transferência de alguns negócios em
Portugal (Évora) para ativos mantidos para venda no valor de R$ 1.043,2
milhões registrados no Ativo Circulante devido ao desinvestimento
ocorrido em novembro de 2021.
Ao final de 2021, o backlog era composto por: Aviação Comercial – US$
9,0 bilhões (53%); Aviação Executiva – US$ 2,9 bilhões (17%); Defesa &
Segurança – US$ 2,7 bilhões (16%); e Serviços & Suporte – US$ 2,4
bilhões (14%).
Na Aviação Comercial, a Azorra assinou contrato com a Embraer para
adquirir 20 novas aeronaves da família E2, além de mais 30 direitos de
compra flexível para aeronaves Embraer 190-E2 ou Embraer 195-E2. O
pedido, avaliado em US$ 3,9 bilhões, foi assinado em dezembro de 2021 e
deve começar a ser entregue no início de 2023.
Durante o Dubai Air Show em novembro, a Embraer anunciou um pedido firme
de três novos jatos Embraer 175 para a Overland Airways, da Nigéria, com
direitos de compra para outras três aeronaves do mesmo modelo, a serem
entregues a partir de 2023. O valor do contrato é de US$ 300 milhões, a
preço de lista com todas os direitos de compra sendo exercidos.
As entregas da aviação executiva foram de 26 jatos leves e 13 jatos
médios, totalizando 39 aeronaves no quarto trimestre de 2021 e 93 jatos
em 2021, crescimento de 8% em relação ao ano anterior.
Os jatos da série Phenom 300 se tornaram os modelos da categoria mais
vendidos do mundo pelo décimo ano consecutivo e o bimotor a jato mais
entregue de 2021. A Embraer e a NetJets, Inc. assinaram um acordo para
até 100 Phenom 300E, totalizando mais de US$ 1,2 bilhão, com a primeira
entrega prevista para o segundo trimestre de 2023, demonstrando a
capacidade contínua da Embraer de oferecer a melhor experiência de
aviação aos seus clientes.
A Embraer entregou um novo Phenom 300E em Quito, no Equador e um novo
Praetor 500 no Canadá para a AirSprint, ambos marcando a primeira
entrega de cada tipo de aeronave nesses países.
Durante 2021, a FAB contou com quatro aeronaves de transporte
multimissão KC-390 Millennium em operações de transporte logístico,
movimentando toneladas de suprimentos para o combate à pandemia no
Brasil e equipamentos pesados destinados a obras de infraestrutura na
região norte de Brasil.
A Tempest bateu recordes de receita, registrando crescimento de 40% em
relação a 2020. Esse crescimento foi sustentado por um sólido portfólio
de produtos e serviços de segurança cibernética, expandindo sua base
para mais de 300 clientes ao longo do ano.
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