Ground handling apresenta novo modelo
de certificação
Proposta foi bem recebida pelas entidades que representam as companhias
aéreas e a aviação geral
25/03/2022 -11h17
(Da assessoria da ABESATA)
-
A ABESATA (Associação Brasileira das Empresas de Serviços Auxiliares do
Transporte Aéreo) apresentou oficialmente na semana passada a nova
Certificação de Regularidade das Empresas em Solo, o CRES, durante a
Reunião Ordinária da Seção 5 - Transporte Aéreo - na CNT – Confederação
Nacional do Transporte, em Brasília.
__ |
Rodrigo Zanette - 16/06/2011 |
|
|
|
Boeing 737-8Q8, prefixo
PR-GIR, da GOL, sendo empurrado
por um push-back da Swissport no
aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (SP).
|
A
proposta de autorregulamentação voluntária foi muito bem recebida pelos
representantes dos operadores aéreos (companhias aéreas, táxi aéreo,
aviação agrícola e aviação geral).
"A iniciativa da ABESATA, estabelecendo um padrão de referência de
qualidade para empresas que comprovarem seus níveis de segurança e
capacidade técnica, é por demais bem vinda para o setor aéreo. Esta
certificação pode potencializar positivamente os requisitos existentes,
trazendo para as empresas aéreas que operam no Brasil uma base confiável
para a escolha dos seus fornecedores no setor", disse o diretor de
operações da ABEAR (Associação Brasileira das Empresas Aéreas), Ruy
Amparo.
Para Flávio Pires, diretor da ABAG (Associação Brasileira de Aviação
Geral), a aviação civil é um setor extremamente rigoroso com a segurança
nas suas operações e fabricação de aeronaves, partes e peças. Por isso,
a exigência de homologações e certificações em suas atividades é
rotineira e um diferencial na escolha dos fornecedores.
"Por essas razões, o CRES é muito bem-vindo em nosso mercado como mais
uma contribuição à segurança jurídica e empresarial na prestação de
serviços essenciais às operações aéreas", disse Pires.
Na visão do presidente da ABESATA, Ricardo Aparecido Miguel, é muito
gratificante ver que o mercado está entendendo a proposta da
certificação com um diferencial para quem contrata, uma segurança extra
na hora de escolher um fornecedor de serviços em solo.
"No passado recente, vimos graves problemas enfrentados por companhias
aéreas, incluindo enormes passivos deixados por empresas com problemas",
disse Miguel.
Como vai funcionar a certificação
O programa de certificação é composto por uma matriz com cinco
dimensões: regulatória, financeira, operacional, pessoas e ESG (meio
ambiente, social e governança corporativa). A certificação é realizada
por uma empresa independente, a Praxian Research Center, com sede na
avenida Paulista, em São Paulo.
O objetivo é promover a segurança e qualidade operacional bem como
fomentar o desenvolvimento das empresas, trazendo benefícios para toda a
cadeia aeronáutica.
Hoje, as empresas de ground handling no Brasil respondem por 95% das
operações em solo, desde limpeza e movimentação de aeronaves, transporte
e atendimento de passageiros, bagagens, check-in, manuseio de carga,
canal de inspeção para embarque de passageiros, entre outras
modalidades.
As empresas que desejarem ser certificadas precisarão apresentar uma
série de documentos que comprovem condições regulares de operação e uma
estrutura saudável, garantindo a segurança de quem contrata, companhia
aérea ou aeroporto, além de poder servir de referência para a
fiscalização por parte dos órgãos governamentais.
Os critérios de análise envolvem aspectos eliminatórios e outros
classificatórios, totalizando uma soma máxima de 100 pontos.
|