Alta do QAV pressiona preço médio da
tarifa doméstica
Preço do querosene de aviação subiu 94% em 2021, já o valor médio da
passagem aérea foi foi de R$ 494,01, com alta de 19,28% frente ao valor
praticado em 2020
25/03/2022 -15h37
(Da assessoria da ANAC)
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O preço médio do bilhete aéreo comercializado no mercado doméstico em
2021 foi de R$ 494,01. Na comparação com o mesmo período de 2020, o
valor médio da tarifa aérea, comercializada à época por R$ 414,15,
acumulou alta de 19,28%.
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Rodrigo Zanette - 03/03/2019 |
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LATAM, GOL, Azul e VOEPASS são as principais companhias aéreas
brasileiras.
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Os dados apresentados hoje, dia 25 de
março, pela ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), mostram que esse
foi o maior percentual acumulado para um ano desde de 2008, quando houve
aumento de 37,82%.
O aumento de 91,9% do preço médio do QAV (querosene de aviação) no ano
passado frente ao valor praticado em 2020 foi um dos principais fatores
para a alta do bilhete aéreo.
Antes do fechamento de 2021, o preço do combustível de aviação chegou a
registrar elevação de 94,4%.
Aliado a isso, o crescimento de aproximadamente 40% na demanda e oferta
do transporte aéreo no ano passado ante os dados registrados em 2020
contribuíram para a alta da tarifa.
O valor do Dolar, outro componente que impacta diretamente os custos do
setor, terminou 2021 valendo 8,4% a mais em relação a 2020.
De janeiro a dezembro de 2021, o valor médio pago pelo passageiro por
quilômetro voado (yield tarifa aérea médio doméstico real) foi de R$
0,372, alta de 17,7% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Ao longo do ano passado, o yield apresentou valores médios mínimo e
máximo nos meses de abril e outubro entre 0,256 e 0,443,
respectivamente.
No ano passado, 4,1% das passagens comercializadas no mercado doméstico
tiveram preço abaixo de R$ 100,00, 37,1% abaixo de R$ 300,00 e 63,3%
abaixo de R$ 500,00. Os bilhetes vendidos acima de R$ 1.500,00
representaram 2,7% do total.
Números por empresa
Entre as três principais aéreas brasileiras, que transportaram 98,4% de
passageiros durante 2021 no mercado doméstico, a GOL foi a empresa com
maior percentual de aumento no bilhete comercializado, com alta de
25,9%, seguida pela Azul, com acréscimo de 17%, e da LATAM, alta de
12,4%.
No entanto, de janeiro a dezembro do ano passado, a Azul foi a companhia
que apresentou o maior valor médio do ticket aéreo, de R$ 562,66. GOL e
LATAM vieram em seguida, com média de R$ 481,76 e R$ 444,90,
respectivamente.
A inflação acumulada em 12 meses, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao
Consumidor Amplo), foi de 10,06% em 2021, percentual superior ao centro
da meta estipulada pelo Banco Central do Brasil, previsto em 3,75%.
Contexto internacional
No mercado internacional, as tarifas médias de ida e volta na classe
econômica registraram alta nas Américas do Sul, Central e do Norte e na
África em 2021. Já na Europa e na Ásia, observou-se leve queda.
A alta mais acentuada nos trechos de maior volume, como América do Sul e
do Norte, se deve ao ajuste da atividade do setor em comparação à
atividade de 2020, no auge dos efeitos da pandemia de Covid-19.
A tarifa aérea praticada nos voos para a Europa teve redução inferior a
0,1%, com valor médio de US$ 643,11. Os voos para a Ásia tiveram tarifa
média de US$ 960,07, apresentando redução de cerca de 3,3%.
Para ambos os continentes, houve retomada do volume de passageiros
transportados no segundo semestre de 2021, com o avanço da vacinação no
Brasil e a flexibilização das regras de entrada nos países desses
continentes.
A quantidade de passageiros transportados, apesar de apresentar
recuperação nos dados mensais, teve queda de 11,3% ante o ano de 2020.
Destaca-se que, no primeiro trimestre de 2020, o setor foi pouco
impactado pela pandemia global, que foi declarada pela OMS (Organização
Mundial da Saúde) em 11 de março de 2020.
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