Embraer registra prejuízo no terceiro trimestre
de 2022
Receita liquida consolidada foi
de R$ 4.872,1 milhões (US$ 929,0 milhões)
14/11/2022 -
19h27
(Da assessoria da Embraer)
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A receita liquida consolidada da Embraer foi de R$ 4.872,1 milhões (US$
929,0 milhões), no 3T22 (3º trimestre de 2022) quando comparado ao mesmo
período anterior (3T21, 3º trimestre de 2021), e representou redução de
3,0% na comparação com o ano anterior principalmente por menor receita
na unidade de Defesa & Segurança e parcialmente compensada por maiores
receitas na Aviação Comercial, Aviação Executiva e Serviços & Suporte.
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Divulgação - Embraer |
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Embraer Phenom 300.
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A Aviação Comercial reportou um aumento na
receita de 5% no ano para R$ 1.331,0 milhões. A margem bruta consolidada
reportada no 3T22 foi de 5,4%, abaixo dos 6,5% reportados no 3T21,
refletindo um mix menos favorável. Nos 9 meses acumulados de 2022 a
margem bruta reportada foi de 9,9% versus 3,3% reportada no mesmo
período de 2021.
Já a Aviação Executiva apresentou receita de R$ 1.419,4 milhões no 3T22,
o que representa um aumento de 6% ano a ano. A margem bruta consolidada
reportada no 3T22 foi de 19,7%, contra 21,0% reportados no 3T21 com
melhor mix de entregas concentrado no próximo trimestre. Margem bruta de
20,6% versus 16,2% reportada nos 9M21.
A área de Defesa & Segurança reportou uma queda de receita de 42% para
R$ 533,7 milhões, impactada principalmente pelo menor reconhecimento de
receita no sistema contábil PoC (Percentagem of Completion) do programa
A29 em comparação ao 3T21. A margem bruta consolidada de Defesa &
Segurança reportada foi de 17,3% ante 23,5% reportados no 3T21. No
acumulado de 2022 a margem foi de 21,2% versus 23,6% no mesmo período de
2021.
E Serviços & Suporte apresentou receita de R$ 1.549,8 milhões,
representando um crescimento anual de 7%, apresentando um crescimento
sólido de iniciativas como programas de pesquisa, gerenciamento de
reparos e novos acordos de longo prazo. A margem bruta consolidada de
Serviços & Suporte no 3T22 foi de 31,0% superior aos 25,9% reportados no
2T21. A margem bruta dos 9M22 reportada foi de 30,0% versus 26,3% no
mesmo período de 2021.
A margem bruta consolidada da companhia, reportada no 3T22, foi de 19,1%
estável em relação ao 3T21. Como referência, a margem bruta consolidada
dos 9 meses acumulados do ano de 2022 foi de 20,9% superior aos 15,9%
reportados no mesmo período de 2021.
Excluindo-se esses itens especiais, o EBIT Ajustado do 3T22 foi de R$
259,9 milhões e a margem EBIT Ajustada foi de 5,3%, comparado ao EBIT
Ajustado foi de R$ 183,0 milhões e a margem EBIT Ajustada foi de 3,7% no
3T21.
No 3T22, a Embraer apresentou Prejuízo líquido atribuído aos acionistas
da Embraer e prejuízo por ação de R$ 160,4 milhões e R$ 0,22,
respectivamente, comparados a R$ 234,2 milhões em prejuízo líquido
atribuído aos acionistas da Embraer e R$ 0,32 em Prejuízo por ação
ajustado no 3T21.
A Embraer encerrou o 3T22 com uma posição de dívida líquida de R$ 6,9
bilhões, comparada a R$ 9,8 bilhões no ano anterior. A redução do
endividamento líquido da companhia é resultado da geração de caixa nos
últimos quatro trimestres e da estratégia de gestão de passivos da
Embraer para reduzir a dívida bruta e as despesas com juros.
Financiamento
O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) aprovou
financiamento à Embraer S.A. para a produção e exportação de aeronaves
comerciais fabricados pela empresa. A operação, da ordem de R$ 2,2
bilhões, se dará por meio do BNDES Exim Pré-embarque, linha de crédito
direto do Banco para produção de bens nacionais destinados à exportação.
A operação do BNDES reforça a captação de crédito rotativo anunciado
recentemente pela Embraer de US$ 650 milhões com um conjunto de
instituições financeiras estrangeiras. A consumação do financiamento
está sujeita, dentre outros, ao cumprimento de condições prévias fixadas
pelo BNDES e à assinatura do respectivo contrato.
O setor da aviação é considerado estratégico devido à alta tecnologia
envolvida, ao emprego de mão de obra qualificada e à capacidade de gerar
inovações com impactos positivos na economia do país, além de ser uma
indústria relevante para garantia da soberania nacional por meio dos
produtos de defesa. O Brasil é um país que possui capacidade para
projetar, fabricar e exportar mundialmente aeronaves comerciais,
executivas, de defesa e agrícola.
Desde 1997, ano do primeiro apoio do BNDES à Embraer, o Banco financiou
cerca de US$ 25 bilhões em exportações de suas aeronaves, viabilizando a
exportação de mais de 1.275 unidades para companhias aéreas ao redor do
mundo. No período, as operações contratadas possibilitaram à fabricante
brasileira concorrer no mercado externo em igualdade de condições com
suas concorrentes.
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