LATAM liderou o mercado doméstico em
2021
No acumulado do ano passado,
companhia teve 33,79% de market share, contra 33,45% da Azul e 31,75% da
GOL
02/09/2022 -
17h37
(Da assessoria da ANAC)
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O painel de indicadores do transporte aéreo de 2021, divulgado hoje, dia
2 de setembro, pela ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) traz uma
fotografia real do comportamento do setor no acumulado dos 12 meses do
último ano e compara esses dados com os resultados obtidos em 2019,
período pré-pandemia.
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Rodrigo Zanette - 30/01/2017 |
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Airbus A321-231, prefixo
PT-MXD, da LATAM, estacionado no
aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (SP).
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Apesar do início da recuperação do setor
em 2021, em relação a 2020, essa comparação com o ano imediatamente
anterior à pandemia de Covid-19 é importante para mostrar a evolução do
setor aéreo brasileiro após a economia mundial ter sido fortemente
atingida pela maior crise sanitária deste século.
No mercado doméstico, a demanda de passageiros, medida por RPK
(passageiros-quilômetros pagos transportados), apesar da retomada em
relação a 2020, ainda apresentou redução de 27,7% na comparação com
2019.
No acumulado do ano passado, a LATAM liderou o mercado doméstico com
33,79% contra 33,45% da Azul e 31,75% da GOL.
De acordo com o painel de indicadores, 76,2% dos passageiros optaram
pelo transporte aéreo em viagens interestaduais em 2021 enquanto o modal
rodoviário transportou 23,8% do total de viajantes.
Também nesse período, a tarifa média doméstica foi 15,4% superior ao
mesmo período de 2019. As tarifas aéreas inferiores a R$ 300,00
representaram cerca de 35% do total de bilhetes comercializados no ano
passado.
A retomada do mercado internacional tem sido mais lenta, por conta,
sobretudo, das restrições sanitárias ainda impostas durante o ano de
2021. Na comparação com 2019, a redução na demanda foi de 76%.
Em 2021, a LATAM foi a líder do mercado internacional, com participação
de 13,9% na demanda por voos internacionais no Brasil, seguida pela TAP
e pela Copa Airlines, com 11,2% e 11%, respectivamente.
Com relação aos resultados financeiros, apesar da melhoria em relação a
2020, os números do setor ainda se encontravam inferiores em 2021 quando
comparados aos resultados pré-pandemia.
As companhias aéreas brasileiras tiveram receita de 29 bilhões em 2021,
valor 35,6% menor em relação ao total registrado em 2019. Os custos e
despesas dos serviços aéreos ultrapassaram 36 bilhões em 2021. O valor
representou redução de 15% na comparação com 2019.
O prejuízo acumulado pelo setor nos 12 meses do ano passado foi de R$
15,2 bilhões. O item de maior custo financeiro para as aéreas em 2021
foi combustível e lubrificantes, com 26,5%, seguido por seguros,
arrendamento e manutenção de aeronaves, 19,9%, e pessoal, 15%.
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