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Caça F-5 desaparecido há 40 anos é encontrado no RS
Com a ajuda de um pescador e um velejador, foram encontradas diversas partes da aeronave, como os motores, trem de pouso, canhão, pilones, pedaços da fuselagem, pedaços das asas, entre outros componentes

12/09/2022 - 11h23
(
Da assessoria da FAB) -
A FAB (Força Aérea Brasileira), por meio do V COMAR (Quinto Comando Aéreo Regional), em coordenação com a Marinha do Brasil e com o Corpo de Bombeiros do Estado do Rio Grande do Sul, realizou buscas na Lagoa dos Patos (RS), onde foram encontrados destroços identificados como do caça F-5E Tiger II da FAB desaparecido há 40 anos. Foram localizadas diversas partes da aeronave, como os motores, trem de pouso, canhão, pilones, pedaços da fuselagem, fragmentos das asas, entre outros componentes.

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Divulgação - FAB

  FAB
 

Caça F-5 desaparecido há 40 anos é encontrado no Rio Grande do Sul.
 
   

De acordo com o Comandante do V COMAR, Major-Brigadeiro do Ar Marcelo Fornasiari Rivero, a missão, realizada na última quarta-feira, dia 7 de setembro, até o último sábado, dia 10 de setembro, contou com a participação da Marinha do Brasil, de militares da FAB e do Corpo de Bombeiros do RS. As buscas foram realizadas em um Navio Patrulha Benevente, sendo utilizadas, ainda, uma lancha da Marinha e uma lancha do Corpo de Bombeiros.

"Nessa operação conjunta foi possível recolher todos os destroços que foram mapeados, nos dando a certeza de pertencerem à aeronave desaparecida há 40 anos. Nossos agradecimentos à Marinha do Brasil, Corpo de Bombeiros do RS e ao velejador e piloto Cristian que participaram dessa operação", destacou o Oficial-General.

No dia 28 de julho de 1982, o caça F-5E, de matrícula FAB 4831, pilotado pelo Tenente Aviador Edson Luiz Chiapetta Macedo desapareceu enquanto realizava, na área de treinamento sobre a Lagoa dos Patos, um combate aéreo simulado contra outro F-5E, ambos lotados na Base Aérea de Canoas (BACO).

Apesar das buscas, nunca qualquer vestígio do jato supersônico ou do piloto haviam sido encontrados. Anos depois do acidente, o piloto desaparecido foi promovido post mortem ao posto de Major, ou seja, uma promoção que visa a expressar o reconhecimento militar morto no cumprimento do dever ou em consequência disto.

De acordo com o Chefe da Assessoria de Segurança de Voo da BACO, Major Aviador Cyríaco Bernardino Duarte de Almeida Brandão Júnior, as buscas só ocorreram graças à ajuda de um pescador, Josoé Ortiz, morador do município de Palmares do Sul (RS), que viu suas redes de tainha se prenderem em algum objeto submerso nas proximidades do banco das desertas. Sabendo que pela região havia desaparecido um caça F-5, enviou as imagens de pequenas peças e a localização aproximada do local para o velejador e piloto civil Cristian Yanzer de Lima, que procurava por pistas do F-5 há cerca de cinco anos.

"Antes de iniciarmos a missão, fizemos briefings sobre os aspectos técnicos da aeronave F-5, sobre o local dos destroços além da definição dos procedimentos de busca. Os destroços do FAB 4831 foram localizados a uma profundidade aproximada de 7,5 metros", completou o Major Brandão.

Conforme Cristian Yanzer, após obter informações pelo pescador, na madrugada do dia 11 de agosto iniciou a varredura com o equipaento Side Scan (sistema de sonar utilizado para busca e detecção de objetos embaixo d’água), do veleiro VIKYNG.

"Sempre contei com o apoio de amigos, desde velejadores até pescadores, que ajudaram na procura. Na ocasião, no dia, reflexos metálicos visíveis na tela do equipamento indicavam muitas peças, algumas grandes, espalhadas pelo leito da Lagoa, em um local distinto do que esperávamos, e a cerca de 100 metros do local onde as redes estavam colocadas. Com as imagens de sonar e as peças entregues pelo Josoé, imediatamente contatei o V COMAR, por meio do Coronel Biasus, piloto de caça, e Ex-Comandante do Esquadrão Pampa e contemporâneo do aviador desaparecido neste fatídico e triste acidente. Demos o melhor em para cumprir esta nobre e humanitária missão, pedindo a Deus que acalante o coração enlutado da família e amigos sob a perda de seu amado ente querido", ressaltou Yanzer.

Ainda segundo o relato do Major Brandão, antes da retomada das buscas, aconteceram reuniões com os familiares do Major Chiapetta, que tiveram a participação do Comandante do V COMAR, Major-Brigadeiro do Ar Rivero; do Comandante da BACO, Coronel Aviador Marcelo Zampier Bussmann; do Comandante do Grupamento de Patrulha Naval do Sul da Marinha, Capitão de Fragata Marcelo Rey; do Comandante do Navio Patrulha Benevente, Capitão de Corveta Silveira; dentre outros.
 
  

 
 
 
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