FAB lamenta morte do gaúcho Claudio
Barreto Viana
Inventor das aeronaves "Ximango"
e "Guri", Viana morreu, aos 90 anos, no Rio Grande do Sul
19/09/2022 -
11h06
(Da assessoria da FAB)
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Um dos grandes nomes da indústria aeronáutica brasileira. Assim será
para sempre lembrado o Engenheiro Aeronáutico Claudio Barreto Viana, que
faleceu na última quinta-feira, dia 8 de setembro, na cidade de Novo
Hamburgo, no Rio Grande do Sul.
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Divulgação -
FAB |
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FAB lamenta morte
do gênio de Novo Hamburgo.
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Fundador do Grupo Aeromot e da
Aeroeletrônica (esta adquirida pela empresa Elbit, em 2001, dando origem
à AEL Sistemas, uma das maiores e mais importantes do setor), Viana
deixa dois filhos e três netos. "Nosso guerreiro cansou e descansou. Um
brinde a ele que adorava uma festa e se foi uns dias antes da sua festa
de 91 anos", postou sua filha, Maria Alice, ao comunicar a partida do
pai, que completaria 91 anos no dia 11 de setembro.
O Engenheiro Viana, como era conhecido, se formou no ITA (Instituto
Tecnológico da Aeronáutica), órgão vinculado ao COMAER (Comando de
Aeronáutica), e fez parte da história da aviação brasileira. À frente da
Aeromot, empresa que tinha um parque industrial da Zona Norte de Porto
Alegre (RS), desenvolveu e fabricou modelos de motoplanadores usados por
segmentos de segurança, para treinamento militar e para a aviação
privada.
Dois desses aviões tiveram repercussão mundial. O primeiro foi o AMT-100,
"Ximango", fabricado em 1980, que se tornou o único, deste modelo, a
fazer a travessia oceânica do Atlântico Sul, tendo, posteriormente uma
nova versão, o AMT-200. E o segundo, uma aeronave terrestre de asa
baixa, que recebeu o nome de "Guri" – AMT-600.
Além disso, a Aeromot foi pioneira na estruturação do setor de aviação,
chegando a fabricar componentes de aeronaves para outras grandes
empresas, como a Embraer, chegando ainda a prestar serviços para a
Varig, a primeira companhia aérea do Brasil.
Natural de Cachoeira do Sul, nasceu no ano de 1931. Em 1953, formou-se
Engenheiro Aeronáutico pelo ITA. No ano de 1955 iniciou sua atividade
profissional como Engenheiro de Manutenção da extinta empresa Varig, em
Porto Alegre, onde trabalhou por 12 anos, momento em que já ocupava o
cargo de Diretor Assistente de Manutenção.
Ao deixar a Varig, Viana deu um salto em sua vida ao tornar-se sócio
fundador da Aeromot Aeronaves e Motores, junto com seu colega e amigo
João Claudio Jotz. A partir de então, a empresa se consolidou com um dos
maiores grupos com atuação no campo da aviação, manutenção e fabricação
de aeronaves. Em meados dos anos 2000, a Aeromot foi vendida para um
grupo de Belo Horizonte, que segue os preceitos de um dos maiores ícones
da aviação aeronáutica.
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