SF50 Vision Jet da Cirrus Aircraft é
adaptado para piloto PCD
Clayton Smeltz, engenheiro
mecânico, participou da adaptação da aeronave e, em viagem ao Brasil,
fala sobre sua paixão pela aviação
27/09/2022 -
23h31
(Da assessoria da Cirrus no Brasil)
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Aos 16 meses, o americano Clayton Smeltz perdeu o movimento nas pernas
devido a um acidente de carro. Desde então, passou anos em reabilitação,
o que definiu seu futuro profissional e marcou seu desejo por
independência e liberdade.
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Divulgação - Cirrus |
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Clayton Smeltz.
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Após
dez anos de obtenção de sua certificação de piloto privado, ele
trabalhou na adaptação de um Cirrus Vision SF50 Vision Jet com controles
manuais para uso próprio. Casado com uma brasileira, especialista em
linguagens, Clayton esteve no Brasil a negócios recentemente e falou
sobre sua experiência de voo em nosso país.
Clayton conta que desde criança sonhava em ser piloto de jato. Sua
formação como mecânico engenheiro foi importante para a criação da
empresa, a Forbes Rehab, que projeta equipamentos para pessoas com
deficiência, incluindo distúrbios da fala. Com o sonho de pilotar um
jato Cirrus Vision, ele, junto com seu irmão, também engenheiro,
trabalharam na adaptação homologada da aeronave. "Escolhi o Cirrus, o
Vision Jet, porque é estável, com tecnologia de bordo, engenharia
simples, design bonito, com autonomia de voo e econômico. Além de
comportar sete pessoas, exatamente o número de pessoas da minha
família", disse.
O apoio da Cirrus nos EUA incluiu testes
finais da aeronave. O projeto de adaptação começou em dezembro de 2020 e
levou dez meses. "Sempre gostei de máquinas. Eu já adaptei uma
motocicleta para uso próprio e sonhava em ser piloto. Então, hoje vejo
meu sonho realizado", acrescentou.
Viajar ao Brasil a negócios ou visitar a família de sua esposa, que está
grávida de seu quinto filho, em Brasília, é uma aventura que ele
considera permeada de gentilezas e algumas falhas, como a falta de
comunicação em inglês no controle aéreo dos aeroportos do interior do
país ou até mesmo a dificuldade de pagar as taxas aeroportuárias com
cartão de crédito. Tecnicamente, ele sentiu uma falta de informações
sobre o clima e a baixa disponibilidade de combustíveis em áreas
remotas. "Eu não gosto de criticar, porque os brasileiros compensam
essas deficiências com atendimento cordial e receptividade", afirmou.
Ele conta seu voo sobre a Amazônia com emoção e fala sobre a sensação de
liberdade. "Eu cresci em hospitais e estou vivo pela ação de um milagre
e pela graça que Deus me deu. Voar é apenas parte deste plano divino",
finalizou.
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