IATA pede redução do preço do QAV no
Brasil
Preço do querosene de aviação no
Brasil é excessivamente alto
11/12/2023 -
16h04
(Da assessoria da IATA no Brasil)
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A IATA (Associação do Transporte Aéreo Internacional) está solicitando
ao Governo Federal do Brasil e à empresa estatal de petróleo Petrobras
que revejam o mecanismo de preços do QAV (querosene de aviação) no
Brasil, que é um dos principais desafios enfrentados pela indústria da
aviação no país.
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Rodrigo Zanette - 07/08/2014 |
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Caminhão da BR
Aviation abastece avião no aeroporto
de Cumbica,
em Guarulhos (SP).
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O preço do querosene de aviação no Brasil
é excessivamente alto e não reflete a realidade de um país produtor de
petróleo.
"A posição de monopólio da Petrobras e os custos administrativos
adicionais cobrados pelo fornecedor resultam em preços de combustível de
aviação artificialmente inflacionados. Além disso, o governo impõe uma
pesada carga tributária sobre o querosene para voos domésticos, o que
impacta ainda mais negativamente a competitividade do setor.
Consequentemente, o combustível de aviação representa cerca de 40% dos
custos totais para as empresas aéreas brasileiras, enquanto a média
mundial está atualmente em torno de 30%, em um momento de preços
excepcionalmente altos em todo o mundo", disse Peter Cerda,
vice-presidente regional da IATA para as Américas.
"A aviação é um setor vital para a economia e o desenvolvimento social
do Brasil. Em 2022, o setor contribuiu com US$ 27,5 bilhões para o PIB
do país e gerou 1,1 milhão de empregos. Apesar disso, o Brasil tem um
número muito baixo de voos per capita, com 0,4 viagens por ano, o que
significa que o brasileiro médio mal faz uma viagem a cada dois anos. Em
comparação, o americano médio faz 2,6 viagens por ano, e o português
médio faz 4,5 viagens por ano. Com uma população de mais de 200 milhões
de habitantes, existe potencial para que mais brasileiros voem, mas o
alto custo do querosene de aviação torna as viagens aéreas mais caras
impedindo que mais brasileiros possam voar", acrescentou Cerda.
Ao adotar as melhores práticas globais, o Brasil pode impulsionar seu
setor de aviação e se beneficiar do aumento da conectividade, do turismo
e do comércio. A IATA está pronta para se envolver com as partes
interessadas e oferecer sua experiência e apoio para participar desse
esforço e ajudar mais brasileiros a ter acesso a viagens aéreas
acessíveis.
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