Proibição de celulares deve ser
ampliado no lado restrito
Medida foi alvo de protesto de
parte de funcionários do aeroporto de Guarulhos
09/10/2023 -
18h23
(Da assessoria da ABESATA)
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A proibição do uso de celulares no chamado lado AR do aeroporto de
Cumbica, em Guarulhos (SP), provocou uma série de manifestações e
protestos na semana passada por parte de funcionários que prestam
serviços em solo no aeroporto. O movimento causou atrasos e
cancelamentos e foi classificado como ilegal, pois se posiciona contra a
portaria da Receita Federal ALF/GRU nº 57, criada para ampliar a
segurança do sítio aeroportuário. A novidade é que a restrição deverá
ser ampliada para outros aeroportos no país.
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Rodrigo Zanette - 02/11/2016 |
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Empresa árabe dnata, que opera no Brasil, é membro da
ABESATA.
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Após reunião com diversas outras
autoridades, a Receita Federal anunciou na semana passada o estudo para
ampliar a proibição ao uso de celulares na área restrita em outros
aeroportos do país também para aumentar a segurança contra o terrorismo
e o combate ao tráfico de drogas. As quadrilhas de tráfico internacional
de entorpecentes têm aliciado trabalhadores com acesso às bagagens dos
passageiros para manipular as etiquetas e as malas. Com o auxílio de
celulares e de mensagens de texto e imagem, passam informações para os
demais integrantes da quadrilha, como ficou comprovado em investigação
da Polícia Federal.
No dia seguinte às manifestações do último dia 3 de outubro, tendo como
referência ação penal de 2020 sobre tráfico de drogas, o Ministério
Público Federal convocou representantes das empresas aéreas, das
empresas de apoio em solo, da administração aeroportuária de Guarulhos,
dos sindicatos dos trabalhadores, e convidou também diversas autoridades
públicas para uma reunião de emergência. Houve consenso no sentido de
que medidas de restrição nas áreas sensíveis são necessárias e
caracterizou como ilegal as manifestações.
A recente portaria publicada pela Receita estabelece que os
colaboradores que transitam em áreas sensíveis de GRU Airport não devem
usar aparelhos que captam imagens, sendo assim, está proibido o uso de
celulares sem o controle das autoridades nestas áreas.
Para garantir que os colaboradores não fiquem incomunicáveis, desde
agosto as empresas que prestam serviços no sítio aeroportuário criaram
um canal de emergência, através do qual os colaboradores possam ser
contatados a qualquer momento. Foi viabilizado também local para
armazenagem dos celulares particulares dos colaboradores, quando
necessário. Além disso, as empresas adquiriram centenas de celulares e
tabletes, bem como respectivos softwares, para fazer frente às
necessidades das operações aéreas e das normas da Receita Federal.
Hoje, as empresas de ground handling no Brasil respondem por 95% das
operações em solo, desde a limpeza de aeronaves, com foco na sua
desinfecção, transporte terrestre e atendimento de passageiros,
tripulantes, check-in, manuseio de carga, canal de inspeção, security,
para embarque de passageiros, bagagens e cargas aéreas, entre outras
modalidades.
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