Crescimento lento e decepcionante da
produção de SAF
Em 2025, a produção de SAF deve
atingir 2,1 milhões de toneladas
11/12/2024 -
12h09
(Da assessoria da IATA)
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A IATA (Associação do Transporte Aéreo Internacional) divulgou novas
estimativas sobre a produção de SAF (combustível de aviação
sustentável).
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Divulgação - Boeing |
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SAF
(combustível de aviação sustentável).
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Em 2024, os volumes de produção de SAF
atingiram 1 milhão de toneladas (1,3 bilhão de litros), o dobro do
volume de 0,5 milhão de toneladas (600 milhões de litros) produzidos em
2023. O SAF foi responsável por 0,3% da produção global de combustível
de aviação e 11% do combustível renovável global.
Isso está significativamente abaixo das estimativas anteriores que
projetavam a produção de SAF em 2024 de 1,5 milhão de toneladas (1,9
bilhão de litros), já que as principais instalações de produção de SAF
nos Estados Unidos adiaram sua produção para o primeiro semestre de
2025.
Em 2025, a produção de SAF deve atingir 2,1 milhões de toneladas (2,7
bilhões de litros) ou 0,7% da produção total de combustível de aviação e
13% da capacidade global de combustível renovável.
"Os volumes de SAF estão aumentando, mas de forma muito lenta. Os
governos sinalizam decisões contraditórias para as empresas
petrolíferas, que continuam recebendo subsídios para a exploração e
produção dos combustíveis fósseis – petróleo e gás. E os investidores em
produtores da nova geração de combustíveis parecem estar esperando por
garantias de retorno garantido antes de acelerarem os aportes. Para as
empresas aéreas, que são o núcleo da cadeia de valor e recebem a margem
líquida de apenas 3,6%, as expectativas de lucratividade para os
investidores em SAF precisam ser lentas e constantes, não rápidas e
intensas. Mas, não se engane, as empresas aéreas estão ansiosas para
comprar SAF e há lucro para investidores e empresas que veem o futuro da
descarbonização no longo prazo. Os governos podem acelerar o progresso
reduzindo os subsídios dedicados à produção de combustíveis fósseis e
substituindo-os por incentivos estratégicos de produção e políticas
claras que apoiem o futuro baseado em energias renováveis, incluindo o
SAF", afirmou Willie Walsh, diretor geral da IATA.
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