Demanda por carga aérea aumenta 10,8%
em dezembro
Nível da demanda anual ficou um
pouco abaixo dos níveis de 2022 e 2019
01/02/2024 -
21h55
(Da assessoria da IATA no Brasil)
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A IATA (Associação do Transporte Aéreo Internacional) divulgou os
resultados dos mercados globais de transporte aéreo de carga, indicando
que a demanda por carga aérea se recuperou em 2023, com um desempenho
particularmente forte no quarto trimestre, apesar das incertezas
econômicas. O nível da demanda anual ficou um pouco abaixo dos níveis de
2022 e 2019.
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Rodrigo Zanette - 02/01/2024 |
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Boeing 777-F, prefixo TC-LJP, da Turkish Cargo
taxiando no Aeroporto
de Cumbica, em Guarulhos (SP).
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A demanda anual global em 2023, medida em
toneladas de carga por quilômetro (CTKs), caiu 1,9% em comparação com
2022 (-2,2% nas operações internacionais). Em comparação com 2019, a
queda foi de 3,6% (-3,8 nas operações internacionais).
A capacidade, medida em toneladas de carga disponível por quilômetro (ACTKs),
aumentou 11,3% em relação a 2022 (+9,6% nas operações internacionais).
Em comparação com 2019 (nível pré-COVID-19), a capacidade subiu 2,5%
(0,0% nas operações internacionais).
Dezembro de 2023 registrou um desempenho excepcionalmente forte: a
demanda global ficou 10,8% acima dos níveis de 2022 (+11,5% nas
operações internacionais). Este foi o maior crescimento anual nos
últimos dois anos. A capacidade global ficou 13,6% acima dos níveis de
2022 (+14,1% nas operações internacionais).
"Apesar dos desafios políticos e econômicos, em 2023 os mercados de
carga aérea recuperaram o terreno perdido em 2022 após o pico
extraordinário durante a COVID-19 em 2021. Embora a demanda anual tenha
apresentado queda de 3,6% em relação aos níveis pré-COVID-19, o
fortalecimento significativo no último trimestre é um sinal de que os
mercados estão se estabilizando e voltando a padrões de demanda mais
normais. Isso coloca o setor em uma situação muito sólida para o sucesso
em 2024. Mas com a instabilidade contínua, e, em alguns casos, mais
intensa na geopolítica e em certos aspectos econômicos, pouco podemos
garantir para os próximos meses no setor", disse Willie Walsh, diretor
geral da IATA.
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