Demanda por carga aérea aumenta 18,4%
em janeiro
Esta recuperação significativa
marca o maior crescimento anual em toneladas de carga por quilômetro
desde a temporada de verão de 2021
06/03/2024 -
15h53
(Da assessoria da IATA no Brasil)
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A IATA (Associação do Transporte Aéreo Internacional) divulgou os
resultados dos mercados globais de transporte aéreo de carga de janeiro
de 2024, que indicam um forte início de ano.
A demanda total, medida em toneladas de
carga por quilômetro (CTKs), aumentou 18,4% em relação aos níveis de
janeiro de 2023 (19,8% nas operações internacionais). Esta recuperação
significativa marca o maior crescimento anual em toneladas de carga por
quilômetro (CTKs) desde a temporada de verão de 2021.
A capacidade, medida em toneladas de carga disponível por quilômetro (ACTKs),
aumentou 14,6% em relação a janeiro de 2023 (18,2% nas operações
internacionais). Isto se deve em grande parte ao aumento de 25,8% da
capacidade de transporte de carga em aeronaves de passageiros em relação
ao mesmo período do ano passado, graças ao fortalecimento dos mercados
de passageiros.
"A demanda por carga aérea aumentou 18,4% em janeiro em relação ao mesmo
período do ano passado. Este é um forte início de ano. Em particular, o
setor de comércio eletrônico em expansão continua ajudando a demanda por
carga aérea a manter a tendência acima do crescimento, tanto do comércio
quanto da produção, desde o último trimestre de 2023. O contrapeso desta
boa notícia é a incerteza sobre a desaceleração econômica da China. Esse
tema estará na agenda de discussões dos executivos de carga aérea que se
reunirão em Hong Kong na próxima semana para o Simpósio Mundial de Carga
Aérea da IATA, com foco em digitalização, eficiência e
sustentabilidade", disse Willie Walsh, diretor geral da IATA.
O crescimento da carga aérea ultrapassou o comércio e a produção. Vários
fatores no ambiente operacional devem ser destacados:
- O comércio internacional global registrou crescimento de 1,0% em
dezembro em relação ao mês anterior (-0,2% em relação ao mesmo período
do ano passado).
- Em janeiro, o índice PMI de manufatura subiu para 50,3, ultrapassando
a marca de 50 pela primeira vez em oito meses, indicando expansão. O PMI
de novos pedidos de exportação também subiu para 48,8, mas permanece
abaixo do limite crítico de 50, sugerindo um declínio contínuo, mas em
desaceleração, das exportações globais.
- Em janeiro, a inflação nas principais economias continuou caindo desde
que atingiu o pico conforme o Índice de Preços ao Consumidor (IPC),
atingindo 3,1% nos Estados Unidos e na União Europeia e 2,1% no Japão. O
IPC da China, no entanto, indicou deflação pelo quarto mês consecutivo,
causando sinais de desaceleração econômica. A taxa de inflação negativa
da China de -0,8% foi a mais baixa desde a crise financeira global em
2009.
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