IATA divulga relatório de segurança de
2024
Taxa de todos os acidentes foi
de 1,13 a cada um milhão de voos
26/02/2025 -
15h19
(Da assessoria da IATA no Brasil)
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A IATA (Associação do Transporte Aéreo Internacional) divulgou seu
Relatório Anual de Segurança da Aviação de 2024. O setor apresentou mais
um ano de forte desempenho geral de segurança, incluindo melhorias na
média de cinco anos em vários parâmetros-essenciais, entretanto o número
de acidentes fatais obteve um desempenho excepcional em 2023.
A taxa de todos os acidentes foi de 1,13 a
cada um milhão de voos (um acidente a cada 880 mil voos) foi melhor do
que a média de cinco anos de 1,25, mas pior do que 1,09 registrada em
2023.
Sete acidentes fatais ocorreram em 2024 entre 40,6 milhões de voos. Esse
número é maior do que o único acidente fatal registrado em 2023 e a
média de cinco anos de cinco acidentes fatais.
Um total de 244 fatalidades a bordo foram registradas em 2024, em
comparação com as 72 fatalidades relatadas em 2023 e a média de cinco
anos de 144. O risco de fatalidade permaneceu baixo em 0,06, abaixo da
média de cinco anos de 0,10, mas o dobro da taxa de 0,03 relatada em
2023.
"Mesmo com os recentes acidentes de aviação de alta repercussão, é
importante lembrar que os acidentes são extremamente raros. Foram
realizados 40,6 milhões de voos em 2024, com sete acidentes fatais. Além
disso, o histórico de longo prazo da segurança da aviação é de melhoria
contínua. Há dez anos, a média de cinco anos (2011-2015) era de um
acidente para cada 456 mil voos. Hoje, a média de cinco anos (2020-2024)
é de um acidente para cada 810 mil voos. Essa melhoria ocorre porque
sabemos que cada fatalidade significa muito. Lembramos aqui cada vida
perdida nos acidentes de aviação com nossas mais profundas condolências
e a determinação cada vez mais forte de tornar a aviação ainda mais
segura. E para isso, a coleta de dados de segurança, incluindo o
relatório de segurança de 2024, é a nossa ferramenta mais poderosa",
declara Willie Walsh, diretor geral da IATA.
Riscos crescentes em zonas de conflito: a queda de duas aeronaves em
zonas de conflito (Cazaquistão com 38 fatalidades e Sudão com cinco
fatalidades) reforça a importância da iniciativa Safer Skies, criada
após a tragédia do PS752, para facilitar a proteção em espaços aéreos de
alto risco.
Acidentes mais comuns: colisões com a cauda e excursões de pista foram
os acidentes mais frequentes em 2024, enfatizando a importância das
medidas de segurança de decolagem e pouso. Felizmente, não foram
registrados acidentes de colisão com o solo em voo controlado (CFIT).
As empresas aéreas com certificação IATA Operational Safety Audit (IOSA)
(incluindo todas as empresas aéreas associadas à IATA) registraram uma
taxa de acidentes de 0,92 a cada um milhão de voos, significativamente
abaixo da taxa de 1,70 registrada por transportadoras sem a certificação
IOSA.
Acidentes e incidentes em zonas de conflito são considerados eventos
relacionados à segurança e não estão inclusos neste relatório. Embora
não apareçam nos dados deste relatório de segurança, são uma das
principais preocupações para a segurança da aviação, juntamente com os
crescentes incidentes de interferência do Sistema Global de Navegação
por Satélite (GNSS), e exigem coordenação global urgente.
"Nenhuma aeronave civil deve ser alvo deliberado ou acidental de
operações militares. Os governos devem intensificar, aprimorar o
compartilhamento de inteligência e estabelecer protocolos globais mais
claros para evitar tais tragédias e proteger a aviação civil", afirmou
Walsh.
América Latina e Caribe: Com cinco acidentes em 2024, a taxa de todos os
acidentes aumentou de 0,73 acidentes a cada um milhão de voos em 2023
para 1,77 acidentes em 2024. Essa taxa foi melhor do que a média de
cinco anos de 2,00. O risco de fatalidade aumentou de 0,00 em 2023 para
0,35 em 2024. A maioria dos acidentes foi relacionada a colisões de
cauda.
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